Primeiros livros de história e primeiro tratado de hieráldica | Coordenação: Cristina Trindade, Luísa Paolinelli, Filipe Moreira, Rui Carita, Pedro Sameiro, João Luís Cardoso

IV Crónica breve de Santa Cruz de Coimbra ou a Primeira crónica portuguesa

Principal versão da primeira obra em prosa historiográfica escrita em português, a «Primeira crónica portuguesa», como propôs Filipe Alves Moreira (Afonso Henriques e a Primeira crónica portuguesa, 2008), com a concordância de José Mattoso («A primeira crónica portuguesa, Medievalista online, IEM, n.º 6, 2009), a IV crónica breve de Santa Cruz de Coimbra, publicada pelo escritor e historiador Alexandre Herculano nos Scriptores de Portugaliae Monumenta Historica, foi alvo de importantes estudos por parte de Luís F. Lindley Cintra, António José Saraiva e Diego C. Menéndez Pidal. Estes estudiosos, fazendo uso de variada argumentação, com o recurso aos documentos conhecidos e a instrumentos de crítica textual, procuraram datar o texto e atestar a sua proveniência através da reconstrução da sua tradição manuscrita. Se, durante muitos anos, o original da versão que possuímos foi datado da primeira metade do século XIV, novas descobertas, como a Estoria de España de Afonso X (1282-1284), permitiram a Filipe Alves Moreira apontar como data da realização da «Primeira crónica portuguesa» a segunda década do século XIII.

A IV Crónica breve seria, assim, uma versão do primeiro texto historiográfico escrito em português, anterior ao Livro velho de linhagens, compilado por volta de 1270, e à tradução da crónica árabe mandada fazer por D. Dinis, a Crónica do mouro Rasis (finais do séc. XIII-inícios do XIV). A sua importância liga-se tanto ao facto de estar na génese da historiografia portuguesa como também ao papel que tem na história da língua, da literatura e da cultura portuguesas. Texto fundacional, é a primeira longa narrativa em português sobre o reinado de Afonso Henriques, contendo textos curtos sobre os monarcas que lhe sucederam, mas que se ligam de forma articulada, do ponto de vista narrativo e funcional, até ao fim do reinado de Sancho II e a aclamação de Afonso III, como notou José Carlos Miranda («Na génese da Primeira crónica portuguesa, Medievalista online, IEM, n. º6, 2009). Com o Crónicon lusitano ou Chronicon gothorum, o texto da IV Crónica breve constrói uma imagem do primeiro rei português e do reino de Portugal a partir do seu fundador e dos seus sucessores. Legitimadora das origens, a narrativa apresenta um rei humano, ainda distante da reescrita e recomposição da sua história pessoal como escolhido por Deus para empunhar o gládio material na Terra que a historiografia posterior privilegiará.

 

Fernando Oliveira, História de Portugal

O humanista Fernando Oliveira escreveu, durante a crise sucessória ente 1579-1581, uma obra historiográfica pioneira para intervir neste processo de transição política. Pretendeu com esta obra fixar a historiogénese portuguesa numa bíblica antiguidade longínqua, defender a sua nobreza distinta e a liberdade invicta, bem como construir uma espécie de proto-identidade nacionalizante do povo português, por contraposição com a dos seus históricos adversários, nomeadamente o castelhano e o mouro.  Chegaram até nós alguns capítulos do primeiro esboço desta obra historiográfica encimados pelo título Livro da antiguidade, nobreza, liberdade e imunidade do reino de Portugal, que depois viriam a dar origem a um segundo manuscrito, como versão segunda do anterior, que passou a intitular-se História de Portugal.

Estes manuscritos encontram-se no Fond Portugais da Biblioteca Nacional de França, compilados num cimélio sob a cota nº 12, que reúne ainda outros manuscritos da autoria deste humanista português de Quinhentos. Esta obra historiográfica pode ser considerada não só a primeira História de Portugal assim nomeada, como é também uma obra que inaugura a prolífera literatura de resistência aos Filipes que teve multiplicação abundante durante o regime chamado de Monarquia Dual que vigorou durante 60 anos. Pode ser classificada ainda como uma obra historiográfica mitificante da história portuguesa de carácter proto-nacionalizante e proto-sebastianista.

 

António Soares de Albergaria, Troféus lusitanos

A figura de António Soares de Albergaria não tem sido alheia aos cuidados e interesse dos investigadores portugueses, se bem que não lhe foi ainda prestada a justa homenagem que lhe é devida com a publicação da sua obra mestra Triunfos de la Nobleza Lusitana. Filho de Fernão Rodrigues de Coimbra e de D. Francisca Soares de Albergaria, nasceu em Castelo Branco, em 1581, e faleceu em Almada em data que ao certo se ignora, em meados do século XVII, seguiu a carreira eclesiástica, foi beneficiado da Colegiada de S.to Estêvão de Alfama em Lisboa e capelão das capelas de S.to Eutrópio e de S. Mateus na mesma cidade; cultivou a hagiografia, de que deixou um Tratado dos santos portugueses e uma Vida de santo Eutrópio, mas foi verdadeiramente notável nos estudo heráldicos e genealógicos.

Os Troféus lusitanos são publicados em 1632, a que se seguiria a Resposta a certas objecções, que veio a lume em 1634, tendo ficado manuscritas as suas obras Triunfos de la nobleza lusitana, Livro de armaria e Título de Coutinhos, sem contar com a Crónica dos reis de Portugal e os Adágios em latim e em português.

Os Troféus lusitanos constituíram um número espécimen que o autor deu à estampa na esperança de motivar um mecenas que financiasse uma obra de muito maior tomo, os Triunfos de la nobleza. Se é certo que as espectativas de Soares de Albergaria ficaram frustradas, a verdade é que por sua iniciativa publicou o primeiro armorial da nobreza titulada portuguesa impresso e um dos mais antigos armoriais impressos da Europa. Ainda que anteriormente tivessem sido publicadas várias obras sobre heráldica e muitas delas referenciando ou reproduzindo um considerável número de brasões, poucas assumiram a forma de armorial de que citamos, sem preocupação de exaustão, tais como o Wappenbüchlein de Virgil Solis (1555), o Workes of Armorie de John Bossewell (1572), o Wappenbuch (1605) de Johann Siebmachers. Os Troféus lusitanos seriam seguidos, em 1655, por uma outra obra de grande tomo, os Germania Topo-Chrono-Stemmato Graphica Sacra et Profana de Gabriel Bucollin e, no mesmo ano, pelo Fiori di Blasoneria de Francesco Agostino Della Chiesa. Soares de Albergaria foi um conhecedor da heráldica pátria, nomeadamente do Livro da Torre do Tombo a que mais do que uma vez se refere, fundamentando racionalmente as opções que tomava como amplamente se demonstra nas suas Respostas e evidencia ainda estar informado do que se passava além fronteiras, referindo e citando autores estrangeiros, desde uma menção genérica a «alguns livros ingleses» e a estampas e mapas que vinham do estrangeiro, até às citações dos escritos de Gracia Dei, de D. António de Guevara, de Argote de Molina e de outros autores. Os Troféus lusitanos são, assim, uma obra fundamental para o estudo e conhecimento da heráldica portuguesa, sendo, além do mais, o primeiro armorial impresso português, o que lhe garante um lugar de destaque no conjunto das obras pioneiras em Portugal.

 

F. A. Pereira da Costa, Da existência do homem em épocas remotas no vale do Tejo. Primeiro opúsculo. Noticia sobre os esqueletos humanos descobertos no cabeço da Arruda

Em 1863, Carlos Ribeiro, diretor da Comissão Geológica de Portugal, identificou os primeiros concheiros mesolíticos nos vales das ribeiras de Magos e de Muge, afluentes da margem esquerda do Tejo. Logo em 1864 mandou proceder a escavações naquele que se afigurou mais promissor e importante, o concheiro do Cabeço da Arruda. Tratou-se da primeira escavação arqueológica realizada em Portugal de uma estação pré-histórica. Os resultados dessa escavação, especialmente a sequência estratigráfica observada, os restos humanos e as faunas recolhidas, foram estudados e publicados por F. A. Pereira da Costa logo no ano seguinte, constituindo a primeira monografia sobre uma estação pré-histórica do território português. A importância desta monografia, desde logo difundida internacionalmente, pois é escrita em português, com tradução integral em francês, justificou o prosseguimento das escavações anos mais tarde, as quais vieram a ser visitadas pelos participantes da IX Sessão do Congresso Internacional de Antropologia e de Arqueologia Pré-Históricas, reunido em Lisboa em 1880, o que permitiu a demonstração da sua importância internacional.

Presentemente, com mais de 300 sepulturas identificadas no conjunto dos concheiros do vale do Tejo, o complexo mesolítico assim documentado constitui o mais notável conjunto antropológico daquela época conhecido no território europeu.

 

José Leite de Vasconcelos, Portugal pré-histórico

Trata-se de uma das menos conhecidas obras do insigne pioneiro da arqueologia portuguesa,  que resume o que se sabia à época sobre a ocupação pelas populações pré-históricas do território hoje português, redigido ainda numa fase de afirmação científica, pois era então aluno finalista de medicina da Academia Politécnica do Porto, mas onde transparecem já muitas das questões às quais procurou responder no decurso das décadas seguintes, centradas na identificação, caracterização e fixação das origens do povo português.

A publicação desta obra de síntese, quase desconhecida, de Leite de Vasconcelos, constituirá assim importante contributo para o conhecimento do pensamento científico do seu autor, de evidente cunho positivista. Obra pioneira, destinada ao grande público, sem deixar de possuir cunho rigoroso e erudito, apresenta-se de leitura acessível e ainda hoje cativante, assumindo-se como importante fonte de informação sobre os conhecimentos então existentes sobre as matérias tratadas e, ao mesmo tempo, de evidente interesse para o conhecimento deste ilustre pioneiro das ciências sociais em Portugal.

Primeiros textos em português: cantigas trovadorescas, prosa literária e documentação instrumental Coordenação: José António Souto Cabo

Cantigas trovadorescas, prosa literária e documentação instrumental.

 A poesia lírica galego-portuguesa constitui a mais antiga expressão literária da língua portuguesa e é, portanto, património comum do conjunto da lusofonia. Esta manifestação poética, um dos legados culturais mais importantes da Europa medieval, nasceu no seio da aristocracia galega no último quartel do século XII, tendo sido adotada em Portugal, muito provavelmente, já em finais dessa mesma centúria. O cultivo desta moda literária, importada da Provença mas com características específicas muito marcantes e originais, prolongar-se-á até ao primeiro quartel do século XIV.

A lírica profana ordena-se em três géneros maiores: a cantiga de amor, a cantiga de amigo e as cantigas de escárnio e maldizer. Os dois primeiros compartilham a temática amorosa, mas com sujeitos diversos, ao passo que o último é de natureza satírica com uma intenção cómico-burlesca. Por outro lado, as Cantigas de Santa Maria representam a produção lírica de tipo religioso e estão integradas maioritariamente por relatos de milagres atribuídos à Virgem.

Além de um conjunto representativo da poesia lírica, são integrados neste volume um grupo emblemático de textos em prosa literária e documental escritos em português desta época.

Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa

Direção:  Carlos Fiolhais e José Eduardo Franco

Com o Alto Patrocínio da Presidência da República Portuguesa

Sob a Égide da Universidade de Coimbra e da Universidade Aberta

 

APRESENTAÇÃO

Reunir, anotar criticamente e disponibilizar ao grande público as obras pioneiras escritas pela primeira vez em língua portuguesa e que funcionaram como alicerce de áreas de saber autónomo produzido na nossa língua é não só um exercício de sistematização que permite uma visão de conjunto mais alargada, mas permite-nos saber e dar a saber que em alguns campos nós portugueses também fomos pioneiros a nível internacional em algumas áreas. Este projeto científico e editorial é uma forma de superarmos o grave desconhecimento das fontes da nossa cultura e ciência, mas também de superarmos a nossa ideia de menoridade em tudo em relação à Europa, que gerou um complexo de inferioridade que ainda hoje nos afeta e nos prejudica na relação com os outros países.  Com efeito, se partimos para a relação com outro a nível cultural, científico e política com uma ideia de nós de menoridade histórica e de secundariedade cultural é meio caminho andado para ficarmos a perder em quase tudo nessa relação que implica negociação e troca. É devido a esse desconhecimento que resulta numa fraca consciência de nós e nos torna verdadeiramente provincianos no pior sentido, fazendo de nós mais diligentes em traduzir e importar o que os outros produzem em muitos planos da criação literária e do saber atual e clássico do que traduzir e exportar o que é nosso. A nossa ideia de atraso cultural e científico tecida com a nossa ideia de decadência no segunda metade do século XVIII e, especialmente com mais força na segunda metade do século XIX fez-nos perder a memória de que esse atraso não foi geral nem constante e que, muitas vezes, fomos, aliás, pioneiros e seguidos por outros povos e culturas.

A cultura dita portuguesa, que herdamos e com a qual enchemos os nossos manuais escolares, na qual se funda a nossa memória histórica e através da qual se tem desenhado a nossa ideia de identidade nacional, teve, no desaguar da Idade Média e no dealbar da Modernidade, os seus autores e obra pioneiras.

Regressar às fontes, beber nas suas águas prístinas, escavar os alicerces do património, que constitui a nossa cultura imaterial de natureza intelectual, artística e pedagógica, é uma forma de aprofundarmos o conhecimento de nós próprios enquanto comunidade cultural, enquanto povo-cultura, enquanto identidade construída e em contínua reconstrução.

Este grande projeto pretende dar a conhecer aquelas que a investigação mais recente permite apresentar como sendo as obras primeiras, fundadoras da cultura de um país com quase um milénio de história, nomeada como história portuguesa, cujas raízes são multimilenares e ainda mais fundas.

 

OBJECTIVOS

A compilação em 30 volumes das Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa tem, por base, alguns objetivos que consideramos indispensáveis, no âmbito de toda a grande cultura portuguesa:

  • Facultar em cada ensaio um saber essencial e, na medida do conhecimento de que dispomos, rigoroso e crítico, sobre as primeiras obras que fixaram por escrito conhecimento nas mais diversas áreas das Humanidades e das Ciências, na longa duração da História da Cultura Portuguesa, desde a história, a gramática, a pedagogia, passando pela filologia, a política, as ciências náuticas, as ciências ditas ocultas, a biologia, a arte e a literatura, entre outras;
  • Constituir um ponto de partida pedagógico e divulgativo para dar a conhecer e sistematizar informação resultante do progresso da investigação que, nas últimas décadas, investigadores e equipas de investigação têm operado para trazer a lume fontes inéditas e pouco conhecidas, permitindo assim rever e completar os velhos manuais de historiografia, as clássicas histórias da literatura e as enciclopédias multitemáticas da cultura e da ciência em Portugal;
  • Ser o ponto de partida para dar a conhecer um projeto em curso que, abarcando diversos campos de conhecimento, tais como a história, a pedagogia, a literatura, a pintura, a filosofia, a teologia, a geografia, a biologia, a música, pretende editar de forma atualizada as obras pioneiras da cultura portuguesa nestas diferentes áreas.

 

PRODUTO

Este projeto das Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa (Séculos XIII-XVIII) reúne 30 volumes, assumindo uma ordem cronológica na sua apresentação final. Os volumes projetados são:

  1. Primeira História de Portugal
  2. Primeiro Tratado de Pintura
  3. Primeiros textos de Educação
  4. Primeira obra de Ética cívica
  5. Primeira biografia
  6. Primeira obra sobre Europa
  7. Primeiro Manual de Formação Conjugal e das Virtudes
  8. Primeiro livro de cavalaria
  9. Primeira obra de Prosa Mística
  10. Primeiro relato de viagens de descobrimentos
  11. Primeira peça de Teatro
  12. Primeira Apologia religiosa
  13. Primeira Novela sentimental e epistolar
  14. Primeira Gramática da Língua Portuguesa
  15. Primeiro Tratado bélico
  16. Primeiro Romance
  17. Primeiro Tratado de Arquitetura
  18. Primeiro Manual de Engenharia Naval
  19. Primeira obra de Geografia e primeiro escrito ecológico
  20. Primeira Epopeia
  21. Primeira Arte poética
  22. Primeiro tratado de Botânica e Farmacopeia
  23. Primeiro Tratado de Música
  24. Primeira Tratado jurídico
  25. Primeiro Tratado de Cabala
  26. Primeiro Tratado de Física
  27. Primeiro Tratado de Matemática
  28. Primeiro Tratado Económico
  29. Primeiro Tratado gastronómico

 

ORGANIGRAMA CIENTÍFICO

Direção: José Eduardo Franco  e Carlos Fiolhais

Supervisão linguística e coordenação da edição de fontes: Aida Sampaio Lemos

Coordenação paleográfica, investigação e transcrição de fontes: Joana Balsa de Pinho, Ricardo Ventura

Comissão Científica e Coordenadora dos volumes: Adelino Almeida Calado, Aida Lemos, Alexandra Ribeiro, Ana Leal Faria, Annabela Rita, Carlos Fiolhais, Carlota Miranda, Décio Martins, Ernesto Rodrigues, Eugénia Magalhães, Fernanda Santos, Fernando Augusto Machado, Guilherme d’Oliveira Martins, Helena Carvalho, Joana Balsa de Pinho, João Francisco Marques , João Paulo Oliveira e Costa, João Relvão Caetano, João Rui Pita, José Augusto Cardoso Bernardes, José Carlos Miranda, José Carlos Seabra Pereira, José Eduardo Franco, José Pedro Paiva, Luís Machado de Abreu, Luís Pinheiro, Margarida Miranda, Mário Lopes da Silva, Marta Duarte, Martinho Soares, Micaela Ramon, Miguel Real, Orlando Gama, Paula Lago, Pedro Barbas Homem, Pedro Calafate, Pedro Caridade Freitas, Pedro Miranda, Pedro Silva Pereira, Porfírio Pinto, Ricardo Ventura, Rui Vieira Nery, Viriato Soromenho-Marques

 

ORGANIGRAMA INSTITUCIONAL

Instituições Promotoras: Universidade Aberta, Universidade de Coimbra

Instituições Científicas Coordenadoras: CIDH (Universidade Aberta/CLEPUL-Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), Centro Rómulo de Carvalho da Universidade de Coimbra, Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes

Instituições Científicas Associadas: Academia das Ciências de Lisboa, Academia Portuguesa da História, Biblioteca Nacional de Portugal, Centro de Estudos Bocagianos, Centro de Estudos Camonianos da Universidade de Coimbra, Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade do Minho, Centro de Estudos de História do Atlântico, Centro de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Centro de Física da Universidade de Coimbra, Centro de História de Além e Aquém Mar da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores, Centro Nacional de Cultura, Cruz Vermelha Portuguesa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Instituto de Estudos de Literatura e Tradição da Universidade Nova de Lisboa, Instituto da História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Instituto de História do Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Instituto Politécnico de Bragança, Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, Sociedade Portuguesa da Heráldica, Sociedade Portuguesa de Retórica, Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional de Braga, Universidade da Madeira, Universidade de Aveiro, Universidade de Santiago de Compostela