Out 22, 2019
Entre os dias 1 e 3 de Abril de 2020 realizar-se-á na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa o 1.º Encontro Bianual “Imagens interditas. Cinema e Literatura no espaço Ibérico – séculos XX e XXI”, numa organização do CEC – Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em colaboração com o IHA – Instituto de História da Arte, o IHC – Instituto de História Contemporânea e o CHAM – Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa.
O evento reunirá estudiosos da área dos Estudos Ibéricos, e terá como oradoras convidadas as Professoras Josefina Martinez Alvarez (UNED – Universidad Nacional de Educación a Distancia) e Ana Cabrera (Universidade Nova de Lisboa).
Está aberto o Call para apresentação de comunicações, painéis ou workshops. São encorajadas propostas para apresentações individuais e / ou em painel sobre temas específicos (máx. três apresentações por painel). As propostas são aceites em: Português, Espanhol ou Inglês. Os painéis propostos devem ser organizados por um dos conferencistas que ficará responsável por convidar os outros oradores e moderar essa sessão.
Abaixo encontram-se sugestões de áreas temáticas para as apresentações individuais e em painel, que devem constituir perspectivas inovadoras que contribuam para o avanço dos estudos sobre a censura ao cinema e à literatura, na época contemporânea, em Portugal e /ou Espanha. As perspectivas em causa devem estar relacionadas com assuntos transnacionais e processos referentes à Península Ibérica no âmbito alargado do espaço lusófono e hispânico. Perspectivas disciplinares e interdisciplinares são encorajadas e os temas listados abaixo não são exclusivos:
– Censura / transgressão:
* Relação dialéctica entre cinema e literatura
* Adaptações de livros para cinema e VS
* Cinema
* Artes visuais
* Poemas visuais
* Literatura e imprensa
* Novelas gráficas
* Imagens nos livros
* Imagens nos livros escolares
* Cartoons
* Cartazes
* Livro enquanto objecto de arte
– Auto-censura no cinema e na literatura
– Condicionamento estético
– Financiamento público e Censura
A selecção de painéis / apresentações individuais será feita pela Comissão Organizadora e Científica e essas decisões serão finais. Estão reservados 30 minutos no programa para as apresentações (20 minutos para a apresentação, 10 minutos para discussão).
Se deseja apresentar uma comunicação, em baixo encontra Directrizes para Comunicações. A proposta deve ser enviada para a Comissão Organizadora (Ana Bela Morais, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; Bruno Marques, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH- UNL) ; Isabel Araújo Branco, FCSH- UNL and Érica Faleiro Rodrigues, FCSH- UNL) para o seguinte endereço de email: imagensinterditas@gmail.com até 15 de Dezembro de 2019. Qualquer questão relacionada com as comunicações ou tópicos será bem-vinda antes do prazo indicado.
Pagamentos / Inscrições:
Pagamentos antecipados a partir da aceitação da proposta até1 de Fevereiro de 2020.
Directrizes para Comunicações:
Por favor inclua a seguinte informação sobre a sua proposta de comunicação / painel.
(As propostas serão aceites numa das seguintes línguas: Português, Espanhol ou Inglês).
NOME DO CONFERENCISTA (incluindo título – ex. Dr, Prof, …):
INSTITUIÇÃO:
MORADA:
Tel:
E-mail:
Por favor indique se pretende apresentar uma comunicação ou um painel:
SE PROPÕE UM PAINEL, Por favor indique o título do Painel, as comunicações nele incluídas e providencie um resumo de cada uma delas (máx. três apresentações por painel).
TÍTULO E RESUMO DA COMUNICAÇÃO (aprox. 150 palavras).
Envie a sua proposta até 15 de Dezembro de 2019 para a Comissão Organizadora (Ana Bela Morais, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; Bruno Marques, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH- UNL) ; Isabel Araújo Branco, FCSH- UNL and Érica Faleiro Rodrigues, FCSH- UNL) para o seguinte endereço de email: imagensinterditas@gmail.com
Out 22, 2019
No próximo dia 23 de Outubro, pelas 13h00, decorrerá a Sessão CCXLVII dos Seminários à Hora do Almoço (Nova Série), que terá lugar na sala do Polo Centro de Tradições Populares / CLEPUL (FLUL), no dia 23 de outubro, quarta-feira, às 13h00, que contará com a participação da Prof. Doutora Nélia Cruz (investigadora do CLEPUL), que apresentará o tema «Contributos para a história do guionismo em Portugal: o olhar de Costa Ferreira».

Out 22, 2019
VI Congresso Internacional em Estudos de Género no contexto italiano e em língua portuguesa
Università degli Studi di Foggia – Dipartimento di Studi Umanistici.Lettere, Beni Culturali, Scienze della Formazione
25, 26, 27 de Maio de 2020
https://studidigenere.wixsite.com/studidigenere / https://www.studiumanistici.unifg.it/it
O termo estereótipo [do grego stereòs (στερεο), duro, sólido e typos (τύπος), imagem] tem o significado de imagem rígida. É a forma através da qual a nossa mente simplifica o raciocínio e constrói as próprias referências culturais e ideológicas. Para explicar o conceito de estereotipização/categorização podemos recorrer àquela que Lakoff (1987) chama teoria clássica das categorias. Isto é, a convicção de que a categoria é um contentor de coisas/pessoas com características comuns. E não existe nada de mais banal e perigoso – continua Lakoff– como a categorização para definir o nosso pensamento e construir o mundo que nos rodeia.
Sendo uma opinião pré-formada, que se impõe como clichê aos membros de uma coletividade (Piéron, 1977), a aplicação do estereótipo leva-nos a considerar de maneira diferente a mesma atitude consoante o ator envolvido. Isto é particularmente evidente e violento quando falamos em questões de género. Homens e mulheres, desde a infância, são educados através de estereótipos, que criam e recriam expectativas, limitando as liberdades individuais. Referimo-nos, de facto, ao bombardeamento ao qual somos submetidos, durante toda a vida, pelos Mass Media, através da difusão de certas representações sociais que fornecem recursos simbólicos importantes com os quais nos identificamos. A filósofa Teresa de Lauretis (1987) define-os como Technologies of Gender, instrumentos externos a nós e que nos influenciam, contribuindo largamente para a construção da identidade e dos papéis de género.
Os estereótipos de género podem realizar-se dentro dos papéis que lhes são atribuídos (crenças estruturadas sobre as atividades que supostamente cabem ao homem e à mulher), através de traços de género, características psicológicas que se atribuem a cada sexo (António Neto et alii, 1999). Aurelia Casares (2008) lembra-nos que esse termo cria um modelo vazio, uma estrutura de contrastes e relações em que se incluem noções e valores, que podem ser manipulados e utilizados para um devido fim. Existe uma necessidade de nos adequarmos pessoalmente aos estereótipos, correspondendo à necessidade de estarmos socialmente integrados; por isso, esta estabilidade dos estereótipos de género apoia-se num círculo social que produz um mecanismo de retroalimentação existente entre as imagens mentais (símbolos arquetípicos) e as condições reais do homem e da mulher, não sendo este um modelo estável, quando avaliamos cada sociedade (Fabio M. Silva, 2013). Assim, as teorias feministas, os gender studies, os estudos culturais, os movimentos LGBTIQ+, os estudos sobre as mulheres, a teoria queer vêm repensar os papéis de género na sociedade, ressignificando alguns padrões estabelecidos, no sentido de confrontar uma moral conservadora e perpetuadora de certos conceitos fixos.
Neste VI Congresso Internacional em Estudos de Género, no contexto em língua portuguesa e língua italiana, acolheremos propostas que se enquadrem nos seguintes tópicos:
- A condição feminina no mundo lusófono e italiano: violência, abusos, direitos e desigualdades antes e depois dos movimentos #metoo, #niunamenos e #nomeansno;
- Mulheres e escrita na literatura italiana e/ou nas literaturas em língua portuguesa;
- Língua, linguagem e género(s) nas línguas italianas e/ou portuguesa;
- The Male Gaze: masculino e feminino através o olhar de escritores nas literaturas e Mass Media italianos e/ou de língua portuguesa;
- Post-colonial Studies: vozes migrantes nas literaturas italiana e/ou de língua portuguesa;
- Além da biologia: identidades trans-género e não binárias;
- Feminist, queer e gay’sstudies: o estado da arte;
- Infância: literatura, educação e estereótipos;
- O conceito e a construção da masculinidade e da feminilidade na sociedade lusófona e italiana;
- Género(s) e cultura (música, banda desenhada, cinema, artes plásticas sob a ótica do género);
- Estereotipização de género e o hate speech nos Mass Media e nos Social Net works;
- Controlo e domínio sobre os corpos: prostituição, aborto e gestação de substituição.
Línguas do Congresso: exclusivamente português e italiano. Não são aceites resumos em outras línguas.
Propostas:
Enviar para o endereço de correio eletrónico: VICongressoGenderStudies@gmail.com
ATENÇÃO: todos os elementos solicitados para a apresentação do resumo devem ser inseridos no formulário..
A data limite para submissão dos resumos é 15 de janeiro 2020.
Até 1 de fevereiro de 2020, a Comissão Científica fará uma seleção das propostas e comunicará a sua decisão de aceitação ou recusa, que será anunciada por e-mail.
As apresentações não deverão exceder 20 minutos. No caso de uma apresentação com dois oradores, o tempo é de 30 minutos.
Só poderá ser apresentada uma única alocução por autor ou conjunto de autores.
Publicação:
Os textos apresentados serão objeto de seleção (em double blind peer review) para edição em volume(s) temático(s); os textos selecionados serão, posteriormente, publicados em forma de ebook no site LusoSofia, Biblioteca de Filosofia e Cultura da Universidade de Lisboa (http://www.lusosofia.net/).
O processo de publicação demora cerca de dois anos, a partir da data do envio dos artigos pelos seus autores.
A seguir ao Congresso serão enviadas as normas redaccionais.
Pagamento da taxa de inscrição:
Comunicações autopropostas: 120€, até dia 1 de março de 2020; depois desta data e até 1 de abril de 2020, a taxa será de 150€.
Participantes sem comunicação que precisam de um certificado de presença: 20€.
No valor da inscrição estão incluídos o material do Congresso e o certificado de participação.
Para o público em geral, sem necessidade de certificado de presença, a entrada é livre.
Os participantes são responsáveis pela preparação e custos integrais de viagem e estadia.
Os participantes extraeuropeus podem efetuar o pagamento in loco enviando até dia 15 de março de 2020 a cópia digitalizada do bilhete de avião.
Formas de pagamento:
- Por depósito ou transferência bancária: Conta Montepio – 071.10.009246-0
NIB: 0036.0071.99100092460.71
IBAN: PT50.0036.0071.9910.0092.4607.1
BIC/SWIFT: MPIOPTPL
- Por cheque endereçado ao Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes
- Por vale postal endereçado ao Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes
(todos comprovativos de pagamento deverão ser enviados para os contactos do Congresso)


Out 22, 2019
Sessão comemorativa do nascimento de Natércia Freire, no dia em que faria cem anos, com leitura de poemas seus por Teresa Lima e evocação por Guilherme d’Oliveira Martins.
Gosto de ler as cartas dos poetas
Algumas dizem pouco. Quase nada…
Um lívido circuito nas rosetas
Das letras…Às vezes sol
Fugindo entre águias pretas
A Dor que se adivinha sob
As unhas rosadas
Que influem no papel e nas canetas
Natércia Freire (poema Colaboradores)
Natércia identificou o Poeta como anjo caído ou triunfador, a quem foi dado o privilégio de habitar o paraíso, mas que também recebeu o benefício de como criança inocente …habitar a terra. Assume que o poeta mal se apercebe nos instantes da criação que foi um instrumento e intermediário entre o mistério e a realidade – e que é através de si que passa a corrente do Eterno. Orgulhosamente reclama, porém, que a Poesia, se nasceu pela graça da Poesia, é pertença de todos… mas apenas o poeta escreve a última palavra do poema…
Natércia Freire começou a publicar poesia muito cedo, sendo vasta a sua obra poética, memorialista e de ficção. Foi uma personalidade isenta no exercício do seu papel de jornalista literária, e de divulgadora da obra e do mérito dos artistas do seu tempo, tendo dirigido a “Página Literária de Artes e Letras” do Diário de Notícias, durante 20 anos.
O centenário do nascimento de Natércia Freire é celebrado na BNP com uma exposição, patente de 11 de julho a 31 de outubro, comissariada por Teresa Almeida, que documenta a sua poesia, outros escritos (memorialismo, ficção, música) assim como a sua atividade de jornalista literária.

Fonte: BNP