SCHELEMO DE OLIVEIRA

SCHELEMO DE OLIVEIRA, o qual mudando o nome proprio, conservou o apellido que o declara Portuguez. Foy Mestre de Sinagoga de Amsterdaõ, onde explicou com grande erudiçaõ o Talmud até fallecer na mesma Cidade em o anno de 1708. Compoz as seguintes obras, cujo Cathalogo traz Wolfio Bib. Heb. Tom. 1. p. 1038. e Tom. 3. p. 126. Nellas se admira a vasta litteratura que tinha assim da intelligencia da lingoa Hebraica, e Caldaica como da Astronomia, e Chronologia.

Cerva amabilis ex Prov. 5. V. 19. Amstelodami 1665. 8. Consta de parabolas Moraes.

Ostium labiorum. ex Psalm. 141. V. 3. He huma Grammatica Chaldaica. Lexicon Hebreo Lusitanum. Amstelodami. 1682.

Viae, jucundae ex Prov. 3. v. 17. Amstelodami. 1688. He huma Logica Rabbinica.

Viae Domini. ex Exod. 2. v. 22. Amstelodami. 1689. 8. He Index Alphabetico  dos preceitos que estaõ na Escritura em o Talmud.

Manus, sive instrumentum linguae. Amstelodami. 1689. 8. He huma Grammatica Hebraica escrita em Portuguez.

Catenae Terminationis. ex Exod. 28. V. 21. He huma Colleçaõ de palavras que acabaõ na mesma terminaçaõ para a composiçaõ de versos.

Revelatio Anni. Trata do Computo Astronomico, e de como se haõ de conciliar os annos lunares com os solares.

Olea Virens. ex Jerem. 11 . V. 16. Amsterd. 8.

Livro de Gramatica Hebraica, e Caldaica, estylo breve, e facil. Amsterdam por David Tartas. 8.

De Accentibus Hebraeorum. Amstelod. apud David Tartas. 1665.

Confissaõ Penitencial com o Tratado intitulado Enseña a Pecadores. Amsterdam. 1666. 12.

Oraçaõ na abertura da Sinagoga dos Espanhoes intitulada Talmud Tora. Sahio com outras. 1675.

Oraçaõ nas Exequias de Isaac Aboab, recitada no anno de 1693. Amsterdaõ 1710. 4.

 

 [Bibliotheca Lusitana, vol. III]

Samuel Jachia

SCHEMUEL JACHIA, Professor dos dilirios de Sinagoga, e pela obra que publicou na lingoa Portugueza nacido em Portugal, a qual intitulou

Trinta discursos apropriados para os dias solemnes da contriçaõ, e jejuns fundados na Santa Ley. Hamburgo 1629. 4.

Da obra, e do Author faz memoria Wolfio Bib. Heb. Tom. 3. p. 1107.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. III]

D. Sebastiana de Magalhães

D. SEBASTIANA DE MAGALHAENS, filha do Capitaõ Ruy Soares de Magalhaens. A natureza a ornou de juizo agudo, memoria feliz, discriçaõ, e comprehensaõ admiravel, cujos dotes lhe conciliaraõ universal estimaçaõ. Cultivou com grãde aplicaçaõ a Historia secular, e as obras dos Escritores Latinos do seculo de Augusto escrevendo neste idioma com pureza, e elegancia.

Epitome Regum Francorum. fol. M. S.

Offerecido á celebre Madama de Dacier Anna le Feure, igualmente erudita nas lingoas Latina, e Grega como mostrou nos Commentos que fez a Floro, Aurelio Victor, Dictis Cretense, e Eutropio para uso do Serenissimo Delfim, e na traduçaõ da Odissea, e Iliade de Homero em Francez. De D. Sebastiana de Magalhaens, como da sua obra se lembra o Author do Theatro Heroino. Tom. 2. p. 389.

 

 [Bibliotheca Lusitana, vol. III]

D. Sebastião

D. SEBASTIAÕ, unico do nome, e decimo texto entre os Monarcas Portuguezes, sahio á luz do mundo em a Cidade de Lisboa a 20 de Janeiro de 1554, entre os ardentes votos, e copiosas lagrimas de seus Vassallos, funestas precursoras das calamidades, de que havia ser fatal instrumento. Foraõ seus augustos progenitores o Principe D. Joaõ, filho do Serenissimo Monarca D. Joaõ III., e D. Joanna de Austria, que sendo filha de Carlos V., e D. Isabel era pela linha paterna, e materna Prima de seu Esposo. Quando cumpria tres annos de idade foy aclamado em 16 de Junho de 1557 sucessor da Coroa Portugueza, e em taõ solemne acto assistio como Condestavel o Senhor Infante D. Duarte acompanhado do Cardeal D. Henrique, e de ambas as Jerarchias Ecclesiastica, e Secular que fizeraõ mais pomposa esta politica cerimonia. Teve por Ayo a D. Aleixo de Menezes Varaõ consumado na pratica de todas as maximas assim politicas, como christaãs, e por Mestre, e Confessor ao P. Luiz Gonçalves da Camara Jesuita taõ illustre por nacimento, como veneravel pela observancia do seu instituto. Completos quatorze annos subio ao Trono a 20 de Janeiro de 1568, cujo dia que fora o do seu nacimento elegeo para feliz auspicio do seu Reinado. Para desafogo do militar ardor que lhe inflamava o peito buscou o vastissimo espaço das quatro partes do mundo, onde a fortuna estipendiaria das suas bandeiras lhe concedeo huma continuada torrente de victorias. Testemunheo Africa assombrada com a fatal derrota de cento e cincoenta mil barbaros capitaneados por Mahamet, filho herdeiro delRey de Marrocos, que atrevidamente invadiraõ a celebre Praça de Mazagaõ. Confesseo a Asia nos sitios de Chaul, e Goa assaltadas improvizamente pelo Nizamaluco, e Hidalcaõ; o primeiro com cem mil Infantes, e trinta mil cavallos: o segundo com sessenta mil Infantes, e trinta e seis mil cavallos, onde extincta taõ formidavel multidaõ á violencia do ferro, e do fogo faltou campo para sepultura dos Cadaveres. Malaca triunfante tres vezes do Achem, Rainha de Japará, e Soltaõ Alaharadi. Cananor desprezando a invasaõ de noventa mil barbaros. A Cidade de Cotta triunfante do Rajù. Damaõ, Jafanapataõ, Mangalor, Pacem, Datila, Sarcete, Ilha do Baltar, e a Fortaleza de Parnel heroicamente conquistadas pelos invensiveis espiritos dos Pereiras, Noronhas, Attaides, e Mellos, que com as suas Estatuas ennobreceraõ o Templo da Immortalidade. Aclameo-o a America, onde se abateo o rebelde orgulho dos Tamoyos, Tupis, e Aymores confederados com os Francezes, dos quaes era General astuto Nicolao Durand Senhor de Villagagnon. Ambicioso de immortal gloria resolveo imitar os heroicos vestigios de seu Avo materno Carlos V. como de seus belicosos predecessores D. Joaõ I., e D. Affonso V. intentando dilatar o seu Imperio pela Regiaõ de Africa, e reduzir ao gremio catholico os torpes sequazes do Alcoraõ. Para este effeito, que naõ poderaõ impedir as lagrimas de sua augusta Avó, nem os conselhos do Cardeal D. Henrique, sahio de Lisboa a 17 de Agosto de 1574 em huma Armada composta de dez navios, e chegando a Tangere, e conhecendo que para a conquista, que meditava naõ era sufficiente a gente militar que lhe assistia, voltou para o Reino sem effeituar a resoluçaõ que temerariamente lhe persuadira o seu ardor juvenil. Esta jornada que o podera desenganar para naõ proseguir semelhante empreza o estimulou a executar segunda, contra a qual naõ prevalecendo as mudas vozes do Ceo, que por hum horrivel Cometa lhe annunciou a ultima ruina, nem as exhortaçoens de prudentes Conselheiros, que vaticinavaõ o fatal perigo da sua vida, e com ella a extinçaõ da Monarchia Portugueza. Preocupado de huma cega fantezia que lhe facilitava a conquista de toda a Africa, alistou hum exercito composto de Portuguezes, Castelhanos, Italianos, e Alemães que naõ excediaõ o numero de vinte e quatro mil

combatentes, e com este aparato militar sahio da barra de Lisboa a 24 de Junho de 1578, e chegando a Tangere a 7 de Julho, resolveo que o Exercito marchasse para Larache. Recebida a noticia de que o Maluco Emperador de Marrocos se aproximava com o seu Exercito composto de cento e sincoenta mil homens, determinou ElRey fazer alto entre os rios Lucus, e Macassim. Para segurar o bom sucesso da Batalha era preciso dilatalla para o dia seguinte, por estarem os Soldados fatigados da marcha, e oprimidos do calor, porém alterou esta disposiçaõ o  indiscreto ardor do Capitaõ Francisco Aldana, Cabo das tropas Castelhanas, clamando que se logo naõ investiamos aos inimigos, certamente seriaõ os Portuguezes lastimoso despojo das suas armas. Inflamado o belicoso espirito delRey com estas vozes, mandou formar sem dilaçaõ os Esquadroens bizonhos para investir a hum inimigo igual no valor, e superior em o numero, e disciplina. Travou-se o conflicto com tanta fortuna nossa, que por duas vezes se declarou a victoria pelas armas Portuguezas, porém huma infausta voz, que persuadio naõ proseguir os passos que nos levavaõ a alcançar o triunfo, animou com tanta efficacia aos Mouros, que voltando sobre os nossos executaraõ nelles o mais deploravel estrago. Em todo o tempo da batalha obrou ElRey D. Sebastiaõ acçoens dignas do seu augusto caracter, discorrendo por todo o Campo como rayo fulminante, até que montado em terceiro cavallo rompeo pela inundaçaõ barbara que lhe disputava a liberdade, deixando duvidosa a posteridade igualmente da sua vida, com o da sua morte. Naõ será poderosa a infelicidade com que finalizou o seu Reinado para o privar da gloria, que conservará indelevel no Templo de Marte, naõ sendo menos memoravel o seu nome nos Fastos da Religiaõ Catholica, da qual foy sempre acerrimo Propugnador. De todas as virtudes foy deposito seu pio coraçaõ, administrando com tal rectidaõ a justiça que nunca deixou o merecimento queixoso, nem o crime impunivel. Com taõ exacta observancia cultivou a flor da castidade que parece se lhe tinha transformado o corpo em espirito. Á profunda veneraçaõ com que adorava a Christo Sacramentado correspondia o ardente affecto, com que offerecia devotos tributos a Maria Santissima. Em remuneraçaõ da obediencia tantas vezes protestada aos Oraculos do Vaticano lhe concederaõ a religiosa antonomasia de Filho obedientissimo da Igreja, mais gloriosa que a de Catholico, e Christianissimo com que se denominaõ os Monarcas de Castella, e França. Em diversos Conventos que erigio magnifico, e reedificou piedoso eternisou as memorias do seu grande Nome. Igual foy a parcimonia que observou no comer á modestia no vestir abominando aquellas gallas que introduzio o luxo para corrupçaõ dos costumes. Foy taõ agil, como robusto no exercicio das Canas, Torneyos, e Touros, de cujos divertimentos o naõ privavaõ o calor do Estio, e o rigor do inverno. Nunca conheceo a vil paixaõ do temor, antes com temeraria ousadia desafiava os perigos na certeza de sempre os vencer. Instituhio o Conselho de Estado á semelhança do que tinha formado em Castella seu Avo Carlos V. Para mayor decoro de seus augustos Sucessores fechou a Coroa como Emperador, e mudou o tratamento de Alteza em Magestade. Ao tempo que contava 24 annos, e 7 mezes de idade, e 21 de Reinado acabou na sua Pessoa a linha primogenita dos Monarcas Portuguezes. Teve o rosto alvo, e corado com algumas sardas, o cabello ruivo, olhos azues, e pequenos, testa estreita, boca grossa, e muy corada, estatura mediana, corpo robusto, e espirito sublime para emprender açoens dificeis. Das emprezas memoraveis da sua vida escreveraõ diffusamente D. Manoel de Menezes, Fr. Manoel dos Santos Monge Cisterciense Chronista do Reino, Jozé Pereira Bayaõ, e ultimamente Nós em as Memorias Historicas, que por ordem da Academia Real sahiraõ impressas em 4. Tomos de 4. grande. Do tragico fim que teve nos Campos de Alcacer foraõ Chronistas Miguel Leitaõ de Andrade, Jeronymo de Mendoça, Luiz Pereira, Sebastiaõ de Meza, Joaõ de Baena Parada, Joaõ Bautista Morales, Fr. Antonio de S. Roman, e Joaõ Thomaz Freigio. Outras penas lhe dedicaraõ diversos Elogios, como foraõ Camillo Borrello Comment. in Arb. Lusit. Reg. pag. 126. Áprimis sui regni auspiciis magnum animi ardorem, ac desiderium ostendit. Brito Elog. dos Reys de Portug. p. 143. Ornado de virtudes e dons naturaes convenientes a hum justo, e virtuoso Principe. Faria Europ. Portug. Tom. 3. Part. 1. cap. 2. n. 66. Fuè de Espiritos soberanos a que ninguna cosa parecia grande para admirar e, de coraçon osado, y muchas fuersas; e no Epit. das Hist. Portug. pag. mihi 290. Señalose tanto en hazañas, que aun excedio el mismo concepto, que de su valor tenian los suyos, los Moros, y el mundo. Vasconc. Anaceph. Reg. Lusit. pag. 307. Suae gentis aeternus dolor, aeternum deciderium; unicum, & fatale nomen, cujus memoria erit perpetuò acerbissima. Menes. Portug. Rest. Tom. 1. pag. Desejava mais que a grandeza herdada a opiniaõ adquirida, e tudo conseguira se lhe naõ atalhara os passos a inveja da fortuna. Francisco de S. Maria. Ceo aberto. liv. 1. cap. 4. Foy Principe de espiritos taõ soberanos, de taõ remontados pensamentos que lhe eraõ abreviado circulo as quatro partes do mundo quanto mais os limites do seu Reino; taõ animoso, e alentado que a ser igual ao seu valor a sua fotuna seria sem duvida elle outro Cesar, e Lisboa outra Roma. Teixeira de Portugal. ortu, &. pag. mihi 32. vers. Ad arma capescenda summa animi praesentia propensissimus fuit. Mariz Dialog. de var. Hist. Dialog. 5. cap. 4. Em sua grandeza de animo, em que naõ teve segundo; no zelo da Religiaõ Christã, que sobre tudo procurou sempre; no desejo da gloria militar de que foy ambiciosissimo: na galhardia do corpo, em que o igualaraõ poucos: na abundancia de forças em que vencia a todos, e na fortaleza do coraçaõ em que excedia a tudo. Clede Hist. de Portug. Tom. 2. p. mihi 70. Il avoit des qualities brillantes, un gran courage, un corps vigoureux, beaucoup. de fermetè, une ame grande, e liberale, une passion immoderè pour la gloire, une zele vif, e sincere pour la Religion, e un amour inalterable pour 1′ ordre, e la justice. Sousa Hist. Gen. da Casa Real Portug. Tom. 3. p. 582. Unico em o nome, e tambem unico nas esperanças. Escreveo

Relaçaõ da primeira jornada que fez a Africa no anno de 1574. He muito diffusa. Della se tinhaõ lembrado Ruy Lourenço de Tavora na Hist. dos Var. illust. do apelid. de Tavor. pag. 296. e o Doutor Joaõ Pinto Ribeiro Prefer. das letr. ás Armas. Sahio por minha deligencia impressa no fim do 4. Tomo das Memor. Historic. delRey D. Sebastiaõ escritas por ordem da Academia Real. Lisboa na Regia Officina Sylviana, e da Academia. 4. grande.

Carta da sua maõ a huma reposta delRey de Castella sobre a empreza de Africa (cuja substancia vay aqui referida á letra) a que S. Alteza respondeo em Coruche a 5 de Janeiro de 1578. 4. Sem lugar da Impressaõ; a qual vimos, e sahio segunda vez impressa no 4. Tom. das Mem. Hist. liv. 2. cap. 1.

Da fórma dos Exercitos, da fortificaçaõ dos redutos, e trincheiras, do tempo de sahir dellas ao inimigo, do modo de assaltalo, e combatello. Desta obra o faz Author o P. Bartholameu Guerreiro Coroa de Sold. Part. 1. cap. 15.

Carta escrita a ElRey de Bungo a 16 de Março de 1558. Coimbra por Antonio de Mariz 1570. 4. a fol. 110.

Carta para o Conde de Redondo Vice-Rey da India a 11 de Março de 1562.

Carta para o Duque de Bungo no anno de 1562. Sahiraõ com outras em Evora por Manoel de Lyra 1598. fol. 1. Part. a fol. 94 e Coimbra por Antonio de Mariz 1570. 4. a fol. 250. vers. e nas Mem. Hist. de D. Seb. Part. 2. lib. 1. cap. 15 . n. 117. e 118. Foraõ vertidas em Castelhano, e sahirao com outras Alcala por Juan Inigues de Lequerica. 1575. 4. a fol. 114.

Carta para o Vice-Rey D. Antaõ de Noronha eacrita em Almeirim a 20 de Fevereiro de 1565.

Carta escrita a D. Bartholameu Senhor de Umbre em Japaõ. Almeirim a 22 de Fevereiro de 1565. Sahiraõ impressas estas duas Cartas com outras, Evora por Manoel de Lyra 1598. fol. 1. Part. a fol. 137. e Coimbra por Antonio de Mariz. 1570. 4. a fol. 364. vers. Traduzidas em Castelhano. Alcala por Juan Inigues de Lequerica. 1575. 4. a fol. 164.

Carta escrita a D. Fr. Bartholameu dos Martyres, assistente no Concilio Tridentino Sahio nas Mem. Hist. delRey D. Sebastiaõ. Part. 1. liv. 2. cap. 12. n. 128.

Carta escrita ao Concilio de Trento a 29 de Setembro de 1561. Nas Mem. Hist. Part. 2. liv. 1. cap. 1. n. 4.

Carta para o Sofi da Persia. Mem. Hist. Part. 2. liv. 1. cap. 3. n. 24.

Carta a Pio IV. em que lhe pede hum subsidio Ecclesiastico escrita a 18 de Setembro de 1562. Mem. Hist. Part. 2. liv. 1. cap. 2. n. 83.

Carta ao Arcebispo de Goa a 2 de Março de 1562. ibi liv. cap. 15. n. 115.

Carta a D. Fernaõ Martins Mascarenhas para se naõ transferir o Concilio da Cidade de Trento. ibi liv. 1. cap. 22. n. 162.

Cartas escritas em 8 de Dezembro de 1563 a ElRey de Castella, e Princeza D. Joaana sua Mãy, a Ruy Gomes da Silva, ao Bispo de Cuenca, e a D. Francisco Pereira Embaixador em Castella. ibi liv. 1. cap. 23. n. 176. até 181.

Carta escrita em 2 de Outubro de 1564 a ElRey de Congo para que admita as disposiçoens do Concilio Tridentino. Mem. Hist. Part. 2. liv. 2. cap. 3. n. 21.

Carta a D. Diogo de Gusmaõ da Silva Embaixador de Castella em Inglaterra. ibi cap. 3. n. 23.

Carta a D. Alvaro de Castro escrita em Lisboa a 20 de Junho de 1566. Ibi cap. 4. n. 39.

Carta a Lourenço Pires de Tavora escrita em Lisboa a 16 de Outubro de 1565 . ibi cap. 15. n. 118.

Carta ao Vice-Rey da India D. Antaõ de Noronha. ibi cap. 19. n. 145.

Cartas a S. Pio V. escrita a 1. a 5, e a 2. a 10 de Fevereiro de 1566 em que o congratula de ser assumpto ao Pontificado. ibi cap. 21. n. 159. e 160.

Carta escrita a D. Fr. Bartholameu dos Martyres acerca do Concilio de Braga em 31 de Janeiro de 1567. ibi liv. 2. cap. 23. n. 173

Carta escrita em Lisboa a Rainha de Inglaterra a 23 de Outubro de 1567. ibi liv. 2. cap. 32. n. 233.

Carta a S. Pio V. em que lhe participa a sua exaltaçaõ ao trono. Mem. Hist. Part. 3. cap. 3. n. 10.

Carta de pezames da morte do Principe D. Carlos aos Reys de Castella, e sua Mãy D. Joanna de Austria escritas a 10 de Agosto de 1568. Ibi cap. 4. n. 22.

Carta escrita a 3 de Fevereiro de 1569, ao Povo para que alcance de Deos o acerto do seu governo. Ibi cap. 13. n. 76.

Carta a S. Pio V. mandando por seu Embaixador a D. Joaõ Tello de Menezes. ibi cap. 14. n. 88.

Cartas escritas ao Senado de Lisboa a 7 de Julho de 1569 sobre a ereçaõ do Templo de S. Sebastiaõ. ibi cap. 16. n. 95.

Carta a D. Luis, de Ataide Vice-Rey da India. Ibi cap. 23. n. 24.

Carta escrita a S. Pio V. a 14 de Setembro de 1570 acerca do seu casamento. ibi cap. 24. n. 131

Carta escrita a 12 de Fevereiro de 1571 a S. Pio V. em que o congratula da victoria de Lepanto. Mem. Hist. Part. 3. liv. 2. cap. 4. n. 19.

Carta escrita em Almeirim a 30 de Outubro de 1571. a Joaõ Gomes da Sylva Embaixador em França . ibi cap. 5. n. 25.

Carta escrita a 15 de Fevereiro de 1572 a Serenissima Princeza de Parma. ibi cap. 2. n. 70.

Carta ao Conde do Vimioso escrita a 25 de Janeiro de 1572. ibi cap. 2. n. 71.

Duas Cartas escritas á Senhoria de Veneza a 24, e 31 de Janeiro de 1572. Ibi cap. 12. n. 72.

Carta escrita ao Cabido de Evora, ibi cap. 13. n. 73.

Carta escrita ao Conclave sobre a eleiçaõ do Pontifice. ibi cap. 14. n. 80.

Pratica que fez no Capitulo da Ordem militar de Christo. cap. 21. n. 108.

Carta ao Vice-Rey da India D. Antaõ de Noronha . ibi cap. 22. n. 113.

Carta escrita de Lagos a 20 de Agosto de 1594 á Senhora Infanta D. Isabel. ibi cap. 27 n. 135.

Carta escrita de Lagos a 20 de Agosto de 1574 ao Reino, para que concorra com gente para a expediçaõ de Africa. ibi cap. 27. n. 136.

Carta a Miguel de Moura escrita do Cabo de S. Vicente a 14 de Setembro de 1576. Mem. Hist. Part. 4. liv. 1. cap. 4. n. 15.

Carta escrita a Ruy Lonrenço de Tavora a 3 de Março de 1577. ibi cap. 2. n. 52.

Carta a Luiz da Sylva escrita de Salvaterra a 22 de Novembro de 1577. Ibi cap. 12. n. 55.

Carta a Joaõ Gomez da Sylva Embaxador em Roma para que participe ao Pontifice a jornada que intenta fazer a Africa. ibi cap. 18. n. 90.

Carta ao Prior geral de Santa Cruz de Coimbra a 24 de Março de 1578. Mem. Hist. Part. 4. liv. 2. cap. 6. n. 22.

Exhortaçaõ que fez aos Soldados para investirem aos mouros. ibi cap. 16. n. 96.

Testamento que fez antes de sahir de Lisboa para Africa. Sahio no fim desta Part. 4. das Mem. Hist. delRey D. Sebastiaõ.

 

 [Bibliotheca Lusitana, vol. III]

Padre Sebastião de Abreu

P. SEBASTIAÕ DE ABREU. Naceo na Villa do Crato, situada na Provincia Trastagana, onde teve por Pays a Manoel da Rosa, e Maria Caldeira. Na florente idade de quinze annos abraçou o instituto de Jesuita em o Noviciado de Evora a 2 de Janeiro de 1610, cuja Universidade illustrou depois com o seu douto magisterio dictando as sciencias escholasticas pelo largo espaço de quinze annos até receber as insignias doutoraes a 25 de Julho de 1633. Assistio em Roma com o lugar de Revisor dos livros da Companhia outo annos, donde restituido a Evora foy Cancellario da Universidade quatorze. Foy muito mortificado, e fervoroso nas praticas que fazia aos seus domesticos cheyas de doutrina solida. Entre os favores que recebera da maõ de Deos julgava pelo mayor nunca ter ocupado Prelazia na sua Religiaõ. Com o lucro que percebia dos seus livros fez sumptuosas obras no Collegio de Evora, onde acometido de hum accidente apopletico que lhe permitio receber os Sacramentos falleceo a 18 de Outubro de 1674, quando contava 80 annos de idade. Delle fazem memoria Nicol. Ant. Bib. Hisp. Tom. 2. p. 224. col. 1. Bib. Societ. pag. 733. col. 2. Magna Bib. Eccles. Tom. 1. p. 35. Franco Imag. da Virt. do Nov. de Evor. pag. 879. e no Annus glor. S. J. p. 612. e Fonseca Evor. Glorios. p. 437. Compoz

Institutio Parochi, seu speculum Parochorum, in quo Parochi, & omnes animarum curam exercentes videbunt obligationes mumeris sui, & methodum ad eas rite implendas. Eborae Typis Academicis 1659. fol. & ibi 1681. fol. Venetiis ex Officina Balleoniana. 1724 . 4. grande & Augustae Windelicorum 1701. 4.

Vida, e virtudes do admiravel Padre Joaõ Cardim da Companhia de Jesus. Evora. Na Officina da Universidade 1659. 4. Deixou compostos sete, ou outo Volumes de Materias Theologicas promptas para a impressao como escreve Franco, e Fonseca nos lugares assima allegados.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. III]

 

Frei Sebastião de Alfaro

SEBASTIAÕ DE ALFARO. Depois de frequentar na Universidade de Coimbra o estudo da Jurisprudencia Cesarea passou á de Lovaina, onde recebeo o grao de Doutor na mesma Faculdade. Exercitou o lugar de Auditor Geral da gente militar em Flandes em tempo de D. Joaõ de Austria. Vivia no anno de 1585 em que fez huma Carta de Doaçaõ a D. Joaõ Coutinho, Conde de Redondo. Traduzio de Italiano em Portuguez

Dialogos de Nicolao Franco. M. S.

No principio da Historia General de la India Oriental composta por Fr. Antonio de S. Roman Monge Benedictino está hum epigrama seu em aplauso do Author, que começa.

Gloria Lysiadu, Antoni, submersa jaceret,

Ni foret ingenio perpetuata tuo &c.

 

 [Bibliotheca Lusitana, vol. III]