Ago 23, 2019
Fr. IOAÕ DE MARVILLA alumno da illustre Familia da Santissima Trindade taõ perito nas especulaçoens Theologicas como na intelligencia da Sagrada Escritura, e Santos Padres do qual fazem memoria Nicol. Ant. Bib. Hisp. Tom. 1. p. 565. col. 1. Altuna Chron. da Relig. da Sant. Trind. p. 630. e Ioaõ Franco Barreto Bib. Portug. M. S.
Compoz.
Documentos espirituaes. 2. Tom. 4. M. S.
[Bibliotheca Lusitana, vol. II]
Ago 23, 2019
IOAÕ DE MATTOS FRAGOSO Cavalleiro professo da Ordem de Christo natural da Villa de Alvito da Provincia Transtagana, e filho de Antonio Fragozo de Matos, e de D. Anna de Souza. A natureza o dotou de entendimento perspicaz, memoria feliz, e comprehensaõ sublime por cujos dotes alcançou o respeito dos mayores eruditos do seu tempo. Estudou na Universidade de Evora Filosofia, e como estivesse egregiamente instruido nas letras humanas, Mythologia, Rhetorica, e Poetica se deixou arrebatar desta divina Arte para a qual naturalmente era inclinado, e a cultivou com geral aclamaçaõ na Corte de Madrid onde assistio a mayor parte da sua vida sendo aplaudido pelos mais celebres professores da Poezia Comica admirados do artificio com que compunha as Comedias que se reprezentaraõ em os mayores theatros daquella Corte onde falleceo a 18 de Mayo de 1692. Delle faz honorifica mençaõ o P. Ant. dos Reys Enthus. Poet. n. 159.
Compoz.
Comedias Varias primera Parte. Madrid. por Iulian de Paredes 1658 4.
Sahiraõ junto com outras, ou separadas as seguintes.
Caer para llevantar. Madrid por Miguel Sanches. 1662. 4. com outras.
El Iob de las Mugeres. ibi por Gregorio Rodrigues. 1657 4. com outras
Dè su tiempo el desengaño. Madrid. por Domingos Garcia Morràs 1654. 4. com outras
El segundo Moyses S. Froylano. ibi por Paulo do Val. 1663 4. com outras
El delinquente sin culpa, y bastardo de Aragon.-Poco aprovechan avizos quando ay mala inclinacion.-El galan de su Muger. Estas tres Comedias. Madrid por Domingos Garcia Morrás. 1660 4.
La dicha del Carbonero, y Lourenço me llamo. Madrid. por Francisco Nieto. 1666 4.
Los prodigios de Roma. ibi por Ioze Fernandes de Buendia 1665 4.
El Letrado del Cielo. ibi por Domingos Garcia Morrás. 1666 4.
Los Vandos de Ravena – Instituicion de la Camaldula. – La ocazion haze el ladron. Sahiraõ Madrid por Andre Garcia 1667 4.
La razon vence el poder. Madrid por Iozé Fernandes Buendia 1668 4.
El Bruto de Babilonia – No està en matar el vencer. Madrid por Domingos Garcia Morrás 1668 4.
El sabio en su retiro.
El Fenis de Alemania Santa Christina. Ambas Madrid pelo dito Impressor. 1670 4.
Pocos bastan si son buenos, y Crisol de la lealtad.
La Vengança en el despeño. Ambas Madrid por Iozé Fernandes de Buendia 1670 4.
El nueuo mundo en Castilla.
El mejor cazamiento. Ambas Madrid por Belchior Alegre. 1671 4.
La desdicha por el desprecio.
Estados mudan custumbres. Sahiraõ com outras Madrid por Paulo do Val. 1653. 4.
Amor, Lealtad, y Ventura
El amor haze valientes. Com outras Madrid.
El amor fino en el Valle.
La Boba, y la Discreta.
El Negro de Sevilla.
El Principe prodigioso.
Dexar un Reyno por otro.
S. Francisco de Paula.
El picarillo en España.
- Isidoro de Madrid.
- Caetano.
La muger contra el Consejó.
Opponerse a las Esrellas.
La misma conciencia acusa.
El negro mas prodigioso.
El Principe Transmontano.
D. Quixote de la Mancha.
La vida de Frislan.
El marido de su madre.
Travessuras son valor.
El amante mudo.
La Dama Capitan.
Offender con el fabor.
El Hercules de Ocaña.
Santa Ollala de Merida.
La Vengança en el desprecio.
Las finezas de Izabella.
Todas estas Comedias sahiraõ impressas sem anno da ediçaõ, nem o nome do Impressor, e das seguintes compoz Ioaõ de Matos Fragozo alguma jornada. La defensa de la Fé, y Principe prodigioso a 1. Parte he sua, e a 2. de Agostinho Moreto Sahio em o livro intitulado El mejor de los mejores libros que han salido de Comedias Madrid por Maria de Quiñones. 1653 4.
La Corte en el Valle. Parte sua, e outra de D. Francisco de Avellaneda, e D. Sabastian de illaviciosa. Madrid por Andre Garcia de la Iglesia. 1655 4.
El Redemptor cautivo. Com Villavisiosa.
La Virgen de Fuensalida. Com o mesmo, e D. Iuan de Zavaleta. Madrid por Iozé Fernandes Buendia. 1665 4.
Solo el piedoso es mi hijo. A 1. Iornada sua. 2. de Villaviciosa. 3. De Avellaneda. Madrid. por Matheos Fernandes de Espinosa. 1666. 4.
La màs heroica fineza, y fortunas de Nassella. Com D. Iozé, e Diego de Cordova. Madrid. por Domingos Garcia Morràs. 1670 4.
El mejor par de los doze. Parte sua, e de D. Agostinho Moreto.
El Barquero Emperador. 1. Iornada sua. 2. de Ioaõ Baptista Diamante. 3 de D. Andres Gil Henriques. Ambas. Madrid. por Iozé Fernandes de Buendia. 1673 4.
Entremez de las Reverencias
…….. del Galan llevado por mal
……… del Trepado
Bayle del Mellado
Sahiraõ no livro intitulado Tardes apacibles de gustozo entretenimiento. Madrid por Andre Garcia de la Iglesia 1663 8.
El assaetado. Entremez sahio com outros no livro Rasgos del ocio. Madrid por Domingos Garcia Morràs. 1664 8.
Entremez del Matachin.
……….. de D. Terencio.
Sahiraõ no livro Verdores del Parnasso. ibi pelo dito Impressor. 1668 8.
Cançaõ à morte da Rainha de Castella D. Izabel de Borbon. Sahio nas Honras funebres dedicadas a esta Senhora Madrid. 1645. 4.
Soneto, e Romance à morte do D. Ioaõ Peres de Montalvaõ. Sahiraõ a fol. 48.
v°. e 68. das Lagrimas Panegyricas a este assumpto. Madrid. 1639 4.
Outavas em louvor de S. Pedro de Alcantara. Sahiraõ a pag. 60 da Relaçaõ das Festas da Canonizaçaõ do mesmo Santo. Madrid. 1670 4.
Festejo nupcial en las felices bodas de la Magestad de D. Pedro 2. y la muy alta, y soberana Señora D. Maria Sofia Izabella Palatina Reys de Portugal. Madrid. 1687 4. Consta de Outavas.
Accentos Lyricos al feliz nacimiento del esclarecido Principe hijo primogenito de los Señores Reys de Portugal. 4. Sem anno da ediçaõ, e nome do Impressor.
Muestra del Ingenio en la de un Relox. 4. sem anno nem lugar da Impressaõ.
[Bibliotheca Lusitana, vol. II]
Ago 23, 2019
P. IOAÕ DE MATTOS natural de Lisboa, e filho de Juliaõ de Goes, e Appollonia de Mattos. Na idade de 17 annos se alistou na Companhia de JESUS em o Collegio de Coimbra a 9 de Mayo de 1598. Depois de ensinar letras humanas, e Filosofia dictou doze annos a Sagrada Theologia nos Collegios de Coimbra, e Evora onde recebeo o gráo de Doutor a 26 de Julho de 1627. Querendo Filippe IV. que no Collegio Imperial de Madrid se lesse huma Cadeira de Politica o mandou chamar, e lhe cometeo esta incumbencia ideada pelo Conde Duque de Olivares D. Gaspar de Gusmaõ valido daquelle Monarcha, e posto que obedeceo á real insinuaçaõ compondo huns Aforismos politicos extrahidos de Aristoteles, e dos Estadistas modernos naõ teve effeito esta idea. Foy em Roma Assistente do Geral de cujo lugar foy substituto do Padre Nuno Mascarenhas no anno de 1637. Onde esteve até se celebrar a outava Congregaçaõ. Restituido ao Reyno, e à patria com o lugar de Visitador da Provincia falleceo piamente na Caza professa de S. Roque a 7 de Dezembro de 1648. com 67 annos de idade, e 50 de Religiaõ. Delle se lembraõ Nicol. Ant. Bib. Hisp. Tom. 1. pag. 566. col. 2. Ioan. Soar. de Brito Theatr. Lusit. Litter. lit. 1 n. 54. Bib. Societ. pag. 478. col. 2. Fonceca Evor. Glorios. pag. 433. Franco Imag. da Virt. em o Nov. de Coimb. Tom. 2. pag. 619. e Annal S. J. in Lusit. pag. 295. n. 9. Deixou dous Volumes de Theologia intitulados
De Judiciis Divinis. fol. M. S.
De Judiciis humanis. fol. M. S.
[Bibliotheca Lusitana, vol. II]
Ago 23, 2019
Fr. IOAÕ DA MATTA natural de Lisboa, e bautizado na Parochia de Nossa Senhora da Pena a 25 de Fevereiro de 1716. teve por Pays a Ioaõ Machado, e Maria Ferreira. Quando contava a tenra idade de nove annos foy admitido ao habito da Terceira Ordem da Penitencia em o Convento de Nossa Senhora de Jesus pela suavidade da voz, e destreza da Musica de que era ornado. Feita a profissaõ solemne a 2 de Fevereiro de 1734. como tivesse capaz talento para as sciencias severas estudou Filosofia no Convento de Vianna defendendo com aplauzo Conclusoens publicas, e Theologia em o Collegio de Coimbra, que interrompeo por cauza de hum fluxo de sangue, que brevemente o privou da vida a 3 de Junho de 1738. quando tinha 24 annos de idade. Entre as composiçoens Musicas, que deixou mereceraõ mayor estimaçaõ os seguintes Motetes a 4. vozes.
Ave Rosa sine Spinis.
Ó Beatorum sedes.
Ó Patriarcha pauperum.
Missa de diversas vozes para se cantar quando celebrasse a primeira Missa por
ter já recebido as Ordens de Presbitero.
[Bibliotheca Lusitana, vol. II]
Ago 23, 2019
Fr. IOAÕ DE S. MATHIAS natural de Lisboa alumno da Serafica Provincia de S. Thomè da India Oriental onde pela religiosa observancia do seu instituto foy o outavo Provincial desta Provincia, e dos mais infatigaveis Operarios daquellas taõ dilatadas vinhas. Para agregar as almas de innumeraveis gentios ao rebanho do divino Pastor aprendeo a lingua dos Bramenes em que foy peritissimo compondo, e traduzindo nella para instruçaõ dos Neofitos muitos livros como escrevem Fr. Miguel da Purif. Relac. Defens. Dos filhos da Ind. Trat. 1. cap. 2. n. 10. e Fr. Jacint. de Deos Verg. de plant. e Flor. pag. 10. sendo os principaes.
Symbolo da Fé composto pelo Cardial Bellarmino cuja proza verteo em dous mil versos para com mayor facilidade se decorarem.
Vida de Christo. Escrita na lingua Bracmana, que intitulou Puritana. Desta obra faz mençaõ Fr. Ioaõ de Deos Theatr. das Igrej. de Portug.
[Bibliotheca Lusitana, vol. II]
Ago 23, 2019
D. IOAÕ MASCARENHAS DE LENCASTRE Terceiro Conde de Santa Cruz Commendador de Mertola, Alcayde mór de Monte mór o Novo, e de Alcacer do Sal, Senhor de Laure, Vedor da Caza do Serenissimo Rey D. Ioaõ o IV. e Mordomo mòr das Serenissimas Raynhas D. Luiza Francisca de Gusmaõ, e D. Maria Francisca Izabel de Saboya naceo em Lisboa sendo filho de D. Fernaõ Martins Mascarenhas quarto do nome Commendador de Mertola na Ordem de S. Tiago Senhor de Laure, e Estepa, Alcayde mòr de Monte mòr o Novo, e de Alcacer do Sal, e de D. Maria de Lencastre filha de D. Diniz de Lencastre Commendador mòr da Ordem de Christo, e Alcayde mòr de Obidos, e Soure, Embaxador a França, Castella, e Roma, e de D. Izabel Henriques filha de D. Francisco Coutinho III. Conde de Redondo Vicerey do Estado da India. Competiraõ os dotes do espirito com os esplendores do nacimento fazendo-se ainda mais venerado pelas virtudes adqueridas, que pelos brazoens herdados. Entre as artes, que cultivou com estudo, e exercitou com felicidade lhe deveo mayor affecto a Poezia para a qual benefica a natureza o instruio desde os primeiros annos merecendo o sublime enthusiasmo da sua Musa, que fosse convidado entre os mais insignes alumnos do Parnasso pelo Author do Templo da Memor. liv. 4. Estanc. 177. para celebrar o augusto Hymineo dos Serenissimos Duques de Bragança D. Ioaõ com a Senhora D. Luiza Francisca de Gusmaõ.
Cantay deste Hymineo ó generoso
- Ioaõ Mascarenhas de Alencastro,
Que por mil Climas passará famoso
Mais ainda além do barbaro Coastro.
Repeti de Bragança o nome invicto
Até que fique numa Estrella escrito.
E no liv. 3. Estanc. 166. e 167.
O sangue de Bragança multiplica
Grandezas dignas de caracter de ouro
Na caza para quem Mertola rica
Abre da Deosa Ceres o thezouro.
Na caza donde Portugal agora
A hum Quinto Neto de Fernando adora.
Cujo nome o clarim da fama suave
De clima em clima leva pelo vento;
E naõ só por altivo insigne, e grave
Soa no campo azul do Firmamento:
Mas aqui vive em tarjas de Alabastro
E he Dom Ioaõ Mascarenhas de Alencastro.
Da sua fecunda, e discreta veya deixou multiplicadas produçoens das quais se podiaõ formar volumes, e unicamente sahio impressa huma Cançaõ em aplauzo de Manoel de Galhegos author do Templo da Memoria assima allegado, Lisboa por Lourenço Craesbeeck. 1635 4. Começa.
Cantay Cisne do Tejo soberano.
Falleceo em Lisboa a 15 de Fevereiro de 1668. Foy cazado com D. Brites Mascarenhas filha herdeira de D. Martinho Mascarenhas II. Conde de Santa Cruz Conselheiro de Estado, e Presidente do Dezembargo do Paço da qual teve a D. Francisco Mascarenhas, que falleceo na Armada, que foy ao Brazil; D. Martinho Mascarenhas 4. Conde de Santa Cruz; D. Pedro Mascarenhas; D. Francisco Mascarenhas Alcayde mòr de Trancoso, e Commendador de Almourol, que cazou com D. Ioanna Coutinho; D. Ioanna de Vilhena, que se despozou com D. Vasco Mascarenhas primeiro Conde de Obidos; e D. Maria Magdalena de Lencastre mulher de Vasco Fernandes Cesar de Menezes filho herdeiro de Luiz Cesar de Menezes Alferes mòr de Portugal. Passou D. Joaõ Mascarenhas a segundas vodas com D. Maria de Tavora Viuva de D. Antonio Mascarenhas da Costa primeiro Conde de Palma filha de Luiz Alvares de Tavora Conde de S. Ioaõ da qual naõ teve descendencia.
[Bibliotheca Lusitana, vol. II]