Frei Nuno Viegas
Fr. NUNO VIEGAS, natural da Cidade de Evora, filho do Doutor Antonio Viegas, e D. Maria Monteira pelos quaes foy taõ virtuosamente educado, que deixando o seculo pelo Claustro do Convento de Moura de Religiosos Carmelitas Calçados nelle recebeo o habito a 13 de Março de 1623, e professou solemnemente a 17 do dito mez do anno seguinte. Estudadas as Sciencias Escolasticas as dictou até jubilar com grande opiniaõ de Letrado. Sendo Qualificador do Santo Officio, foy Definidor no Capitulo celebrado em Lisboa a 12 de Mayo de 1647, Doutor na Sapiencia de Roma Prior do Convento de Lisboa, e Provincial eleito a 7 de Mayo de 1661. Falleceo no Convento de Lisboa a 20 de Abril de 1666. Delle fazem memoria Carvalho Corog. Portug. Tom. 3. liv 2. Trat. 8. cap. 47. fol. 634. Joan. Soar. de Brito Theatr. Lusit. Litter. lit. N. n. 9. e Fr. Manoel de Sá Mem. Hist. dos Escrit. da Prov. do Carmo de Portug. cap. 86. p. 428. e seg. Compoz
Sermaõ nas Exequias que ao Illustrissimo e Reverendissimo Senhor D. Rodrigo da Cunha Arcebispo de Lisboa fizeraõ os Religiosos Carmelitas na Sé de Lisboa a 6 de Fevereiro de 1643. Lisboa por Domingos Lopes Rosa 1643. 4.
Oraçaõ funebre nas Exequias do Illustrissimo e Reverendissimo Senhor D. Francisco Barreto Bispo do Algarve, Arcebispo Primaz que foy das Espanhas, eleito Arcebispo de Evora se fizeraõ no Real Convento do Carmo de Lisboa, em que está depositado em 19 de Outubro de 1643. Lisboa por Domingos Lopes Rosa 1643. 4.
Sermaõ prégado aos 18 de Novembro de 1644 em acçaõ de graças da merce grande, que o Santo Christo Cativo fez aos devotos navegantes do Pataxo N. S. da Ajuda, Fieis de Deos vindo da India no mesmo anno. Lisboa por Antonio Alvares, Impressor delRey 1645. 4.
Oratio Funebris in obitu Serenissimi Theodosii Lusitanorum Principis Joannis IV. Portugalliae Regis invictissimi Primogeniti. Romae. 4. Naõ tem anno da Impressaõ, e foy recitada na Igreja de S. Antonio dos Portuguezes.
Sermaõ do Auto da Fé, que se fez no Terreiro do Paço desta Corte em 17 de Outubro de 1661. Lisboa por Domingos Carneiro. 1661. 4.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]