Nov 13, 2018
P. MANOEL DE ALMEIDA naceo na Cidade de Vizeu da Provincia da Beira, e logo nos primeiros annos mostrou tal inclinaçaõ para a Virtude, que fugindo do seculo contra a vontade de seus pays Manoel Antunes, e Messia de Almeida recebeo a roupeta de Jesuita em o Noviciado de Coimbra a 12. De Novembro de 1594. Completos os dous primeiros annos de Noviço pedio com fervorosas instancias aos Superiores faculdade para promulgar o Evangelho nas Regioens Orientaes, e sendo deferida esta suplica a favor do seu zelo partio com 17. companheiros em o anno de 1597, e chegando a Goa se instruio nas letras amenas, e severas que depois ensinou com grande fruto dos seus ouvintes. Sendo Reytor do Collegio de Baçaim foy nomeado pelo Geral Mucio Vitaleschi Embaxador do Emperador da Etiopia Sultaõ Segued para lhe gratificar a benevolencia com que no seu vasto imperio tratava aos Padres dedicados á conversaõ dos seus Vasallos. Depois de experimentar diversos trabalhos na jornada em que se consumiraõ dous annos chegou a Corte Imperial em o anno de 1624. onde foy recebido com distintas significaçoens de jubilo, e veneraçaõ. Para atrahir ao gremio da Igreja mais ovelhas aprendeo a lingua Etiopica, e como fosse eleito superior desta dilatada Missaõ se lhe augmentou o trabalho discorrendo por todos os lugares onde assistiaõ os Missionarios, e instruindo aos novamente convertidos para que permanecessem na Fé prometida no Bautismo. Passados outo annos se armou huma furiosa tempestade movida pelo Emperador Facilada accerrimo sequaz dos erros scismaticos de Alexandria mandando exterminar do seu Imperio a todos os Missionarios de cuja severa ordem se naõ póde eximir o P. Manoel de Almeida o
qual acompanhado de outros Padres Jesuitas e dous Sacerdotes Capellaens do Patriarcha D. Affonso Mendes juntamente com elles exterminados chegou á Cidade de Adem onde em o espaço de seis mezes que nella assistio naõ teve pequeno exercicio a sua paciencia insultada pelo barbaro genio do Governador da Cidade. Restituido a Goa no anno de 1634. foy eleito Reitor do Collegio e depois Provincial, e Visitador de toda a India. Exercitados estes lugares com summa prudencia se retirou á Peninsula de Salcete onde sendo Vigario de huma Igreja doutrinava o povo com zelo de Vigilante Pastor, porêm querendo o Santo Officio de Goa servirse do seu talento o chamou para Deputado, cujo ministerio dezempenhou com a satisfaçaõ que prometiaõ as suas letras. Na ultima doença recebeo duas vezes o Viatico, e conhecendo ser chegada a ultima hora pedindo a vela disse: paratum cor meum Deus, paratum cor meum, e no fim destas palavras espirou placidamente a 10. de Mayo em que cahio a Festa de Ascençaõ de Christo do anno de 1646. quando contava 65. annos de idade, e 51. de Companhia. Fazem do seu nome honorifica memoria Joan. Soar. de Brit. Theatr. Lusit. Litter. Lit. E. n. 18. Nicol. Ant. Bib. Hisp. Tom. 2. p. 121. col. 2. Bib. Societ. pag. 188. col. 1. Cardozo Agiol. Lusit. Tom. 3. pag. 153. e no Comment. de 10. de Mayo letr. N. Tellez Hist. da Etiop. Alta liv. 4. cap. 26. e no Append. dest. Hist. pag. 669. §. 1. 2. e 3. D. Alphons. Mend. Exped. Aetiop. lib. 1. cap. 12. liv. 4. cap. 20. lib. 2. cap. 1. 6. 7. lib. 3. cap. 13. Andrad. Var. Illustr. de la Comp. lib. 5. Franco Imag. da Virtud. Do Colleg: de Coimb. Tom. 1. liv. 2. cap. 43. até 48. e Tom. 2. p. 622., e no Annal. glorios. S. J. in Lusit. p. 263. Hallevord. Bib. Curios. pag. 67. col. 1. Magn. Bib. Eccles. Tom. 1. pag. 339. col. 1.
Escreveo por ordem do Geral Mucio Vitaleschi.
Historia da Etiopia Alta. Começa pelo Padre Pedro Paes da Companhia de Jesus a qual adicionou como testemunha em varias partes com diversos sucessos, e
a publicou com outros additamentos o Padre Balthezar Tellez. Coimbra por Manoel Dias 1660. fol.
Cartas da Etiopia escritas ao Geral Mucio Vitaleschi de Gorgorá a 17. De Abril de 1627. em que relata o progresso das Missoens desde o anno de 1626. Até Março de 1627. Sahiraõ vertidas na lingua Italiana. Roma por l’ heredi di
Bartholameo Zannetti 1629. 8.
Carta em que relata os trabalhos que padeceo em Etiopia até chegar á Cidade de Adem. Parte della está impressa na Imag. da Virtud. do Colleg. de Coimb. composta pelo Padre Franco Tom. 1. pag. 353. até 357.
Tratado dos erros dos Abexins confutados com solidas razoens M. S.
Apologia contra Fr. Luiz de Urreta da Ordem dos Pregadores. M. S.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]
Nov 12, 2018
MANOEL DE ALMEIDA PINTO natural de Villa nova fronteira á Cidade do Porto, Poeta Comico. Para celebrar a felicidade com que Portugal sacudio o jugo Castelhano em o 1. de Dezembrõ de 1640. publicou.
Comedia famosa de la feliz restauracion de Portugal, y muerte del Secretario Miguel de Vasconcelos.Lisboa por Pedro Crasbeeck 1649. 4.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]
Nov 12, 2018
P. MANOEL ALVARES naceo em o lugar da Ribeira brava da Ilha da Madeira onde habitavaõ seus virtuosos pays Sebastiaõ Gonsalves, e Beatriz Alvares. Instruido com as sciencias que habilitaõ para o Sacerdocio lhe conferio na sua patria as Ordens Menores o Bispo titular de Rossiona Cidade na Esclavonia D. Ambrozio Brandaõ a 11. de Agosto de 1538. Deixada a casa paterna navegou para Portugal, e como estivesse informado do instituto da Companhia de Jesus por hum de seus alumnos que desembarcara da Náo da India na Ilha da Madeira para se curar no Hospital, o abraçou em o Collegio de Coimbra a 4. de Junho de 1546. Quando contava vinte annos de idade. Completo o tempo do Noviciado estudou com disvelo, e soube com perfeiçaõ as linguas Latina, Grega, e Hebraica, como tambem Filosofia. Nos Collegios de Lisboa e Coimbra ensinou letras humanas com universal aplauso de Mestre consummado. Immortalisou o seu nome na Arte de Grammatica que compoz em idade madura por ordem dos Superiores da qual uza toda a Companhia nas suas escolas para instruçaõ da mocidade. Foy Reytor dos Collegios de Coimbra, e Evora, Proposito da Casa professa de Lisboa usando de tal afabilidade com os subditos, como se foraõ Superiores. De todas as virtudes religiosas era exemplar merecendo por ellas elogios do seu Santo Patriarca. Provada a sua tolerancia com huma larga emfermidade falleceo com grande piedade no Collegio de Evora a 30. de Dezembro de 1583. com 57. annos de idade, e 37. De Religiaõ. Passados alguns annos sendo aberta a sepultura, em que jazia o seu cadaver se achou incorrupto. Fazem memoria do seu nome Tellez Chron. da Companh. de Jes. da Prov. de Portug. Part. 2. liv. 4. cap. 4. n. 7. Intitulando o insigne Varaõ. Severim de Faria Disc. Var. p. 148. vers. celebre humanista. Bib. Societ. p. 188. col. 2. in formanda ad pietatem juventute, & ad Latinam, Graecam, atque Hebraicam linguam instituenda, expoliendaque plurimos annos impendit. D. Francisco Manoel Carta ao Doutor Themudo que he a 1. da 4. Centur. doutissimo. Franco Imag. da Virt. do Colleg. de Coimb. Tom. 1. liv. 1. cap. 31. Mestre universal, pois saõ poucos os que estudaõ a lingua Latina que naõ sejaõ discipulos deste grande. Mestre, e nos Annal. S. J. in Lusit. pag. 137. n. 22. orbe toto notissimus quia author grammaticae Artis. Fonceca Evora glorios. p. 135. Sogeito de tantas letras, como virtudes Gerard. Joan. Vossius de Arte Gramat. lib. 4. cap. 11. praestantis judicii Vir. Gaspar Sciopio De Vet. ac nov. Grammat. latin. Origin. Nam & ipse longe cultius dicendi genus, quam non dico veterum quisquam (nam pessime omnes latine scripserunt) sed quam recentiores plerique in Arte tradenda praestitit, & ea ex optimo quoque veterum authorum exempla seligere curae habuit, quibus regulae Artis plurimum stabiliri, & sine negotio á tyronibus intelligi possent. Joan. Soar. de Brito Theatr. Lusit. Litter. Lit. E. n. 20. Satis nota (falla da Arte) atque ubique terrarum jam ferme recepta. Angelus Spera de Gramat. Professorib. pag. 248. e 249. illius Arte non solum Jesuitae utuntur, sed quicumque solidos discipulos producere cupiut. Bened. Pereir. Acad. Litter. lib. 2. Disc. 3. n. 117. communis nostra aetate Grammaticae magister Franc. de Franciscis Philolog. Dissert. de Francisc. Litter. sect. 2. de discip. Grammat. n. 12. Emmanuel Alvares magnum S. J. in re litteraria nomen, ac unus è primis tradendarum in scholis litterarum antesignanus eruditissimus, & studiosissimus. Tellez Chron. da Comp. da Prov. de Portug. Part. 2. liv. 4. cap. 4. n. 7. ainda depois de morto ensina por toda a Christandade com a Arte de Gramatica, que com tanta deligencia, excellente disposiçaõ, e com taõ acertado juizo compoz. Walchio Art. Crit. lat. ling. cap. 4. p. 193. e cap. 11. pag. 444. Sahio a sua Arte de Grammatica dividida em 3 Partes. Consta a primeira da Etymologia. a 2. da Syntaxe, e a 3. da Prosodia com o seguinte titulo.
De Institutione Grammatica libri tres. Olyssipone. Excudebat Joannes Barrerius M.D.LXXII. 4. Esta primeira ediçaõ se publicou sem Index, que o teve na segunda impressa. Venetiis ex Unitorum Societate M.D.LXXXV. 4. Illustrou esta Arte com eruditos additamentos o Padre Antonio Velez Jesuita entre os quaes merecem distinta estimaçaõ os Versos latinos onde engenhosamente reduzio as regras Grammaticaes. Sahio Eborae apud Emmanuelem de Lyra 1596. 4. Modernamente a explicou com doutas nottas em 4. Volumes de 4. Joaõ de Moraes Madureira Feijoo Prior da Ansaã, e Mestre de Grammatica do Illustrissimo e Excellentissimo Duque de Lafoens, cuja obra se publicou em Lisboa por Miguel Rodrigues. 1729. 1730. 1732. e 1739. Redusiraõ esta Arte a breve compendio os Padres Richardo Hesi e Richardo Ricardi Jesuitas, este Italiano, e aquelle Alemaõ como tambem o Padre Horacio Tursellino. Em multiplicadas impressoens se reprodusio esta obra donde se manifesta a sua universal aceitaçaõ aparecendo em humas como seu author a compoz, e em outras redusida a mais breves preceitos de cujas ediçoens saõ as mais celebres Friburgi 1572. 8. Dilingae 1574. Uvicemburgi apud Conradum Schwin 1584. 8. com o titulo Vocabula Gramaticae. Lugduni 1594. 12. Coloniae Aggripinae ex Officina Birckmanica 1596. 8. Compluti apud Joan. Gratianum 1597. 8. com o titulo De Constructione octo partium Orationis. Coloniae apud Waltherum 1602. 12. Uberlingae apud Georgium Neukirch 1603. 8. aumentada por Balthezar Madero Coloniae apud Georgium Vellerum 1604. 4. Argentinae 1612. 12. Wesphaliae 1613. 8. Monachii 1616. Duaci apud Michaelem Bellerum 1637. 12. Lucernae 1650. 12. Antuerpiae apud Jacobum Meursium 1662. 8. com o titulo Syntaxis, sive Institutiones linguae Latinae. Cracoviae apud Stanislaum Piotrkowczyk. S. R. M. Typog. 1673. 8. Patavii apud Joan. Baptistam Pasquati 8. sem anno da impressaõ publicada por Joaõ Baptista Fageo com este titulo Limen Grammaticum, seu prima litterarum rudimenta. Contra esta Arte se armou a critica de Orlando Pescecio Veronez o qual foy refutado por Mariano Benedicto de S. Vito com a seguinte invectiva. Efflatio pulveris adversus Emmanuelis Alvari Grammaticas institutiones ab Orlando Pescito Veronae excitati, qua plus CLXX reprehensiones á Jacobo á Fosso ex Commentariis Mariani Benedicti á S. Vito confutantur. No principio desta obra estaõ duas Cartas Latinas sendo a primeira de Francisco Sacio Patricio Veronez em que faz o seguinte elogio ao Padre Manoel Alvares. Vir in omni dotrinarum genere apprime versatus, & Hebraicae, Graecae, Latinaeque linguae peritissimus, & morum probitate, gravitate, pietate ornatissimus, magno multorum annorum, ut ejus indicant scripta, studio, deligentiaque rem Gramaticam usque adeo promovit, ut vix post se allis ad progrediendum locum reliquerit. A outra Carta he de Mariano Benedicto dizendo ao Leitor. Quanta doctorum virorum approbatione Emmanuelis Alvari è S. J. tres de Grammatica Institutione libri excepti sint, quanta que omnium laude commendati, nemini puto, quam aliquid hujus rei tangit, ignotum esse. Nova enim & nostri saeculi Grammaticis ignota ex antiquis adytis eruta, in lucem protulit, ea que antiquorum scriptorum Varronis praecipue aliorum, qui Varronis aetatem secuti Latinae linguae fontes aperuerunt Quintiliani, Prori, Gellii, & eorum, qui cum dignitate rem Grammaticam tractarunt, testimoniis confirmata; id que non tam ad pueros qui doctrinae capaces non sunt instructionem, quam ad locos Magistris indicandos, unde pleniorem ejus doctrinae copiam haurire possint, & caput altius erigere, quam ad huc communis docentium usus vulgó consuevit. Tum ipsa praecepta, quae pueris explicanda proponuntur ea orationis dignitate, brevitateque pertractat, at te non puerilia Grammaticae praecepta, sed alicujus Areopagi, aut Romani Senatus decreta legere existimes. Nec mirum hominem praeter ejus vitae sanctitatem, alias que excellentes laudes tum ingenii, tum probitatis multa etiam doctrina excultum, atque in omnium excellentium scriptorom genere versatum etiam in hac materiae tenuitate Leonem ex unguibus agnosci. No anno de 1729. Sahio Manoel Coelho de Sousa Fidalgo da Casa de Sua Magestade, Cavalleiro professo da Ordem de Christo, e Sargento mór dos Priviligiados da Corte profundamente perito nas letras humanas, e preceitos Grammaticaes contra algumas regras da Arte do Padre Manoel Alvarez a cuja douta invectiva responderaõ o Padre Antonio Franco Jesuita com o afectado nome de Francisco da Costa com o livro intitulado Contramina Grammatical. Evora na Officina da Universidade 1731. 8. e Joaõ de Moraes de Madureira Feijoo de quem assima se fez mençaõ, no fim do 2. Tomo da Arte explicada &c. Coimbra por Luiz Secco Ferreira. 1739. 4. Compoz mais o Padre Manoel Alvares De mensuris, ponderibus, & numeris. Sahio esta obra traduzida em Portuguez pelo Padre Antonio Franco no fim do Indiculo Universal do Padre Francisco Pomey Jesuita vertido pelo mesmo Padre Franco da lingua Franceza em a materna. Evora na Officina da Universidade 1716. 8.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]
Nov 12, 2018
P. MANOEL ALVARES cuja patria se ignora, como os nomes de seus pays Foy admetido á Companhia de JESUS no Collegio de Coimbra a 2. de Outubro de 1549. donde partio para a India a 7. de Abril de 1560. em a Nao S. Paulo de que era Capitaõ Ruy de Mello da Camara que depois de padecer a mais infausta navegaçaõ foy obrigado a arribar á Bahia de todos os Santos a 17. de Agosto, e fazendo-se á vela avistou a 15. de Novembro o Cabo da Boa Esperança até que arrojado de huma furiosa tempestade em que naufragou a Nao defronte da Ilha de Samatra havendo tolerado horriveis trabalhos pelo espaço de sessenta, e seis dias foy aportar a huma Ilha habitada de barbaros que o quizeraõ privar da vida. Tanto que chegou a Malaca se aplicou com mayor disvelo no augmento da Christandade até que em Goa partio a receber o premio eterno fallecendo na Casa professa a 30. de Junho de 1616. Em idade muito provecta. Foy insigne na Arte da Pintura de cuja maõ se conservaõ alguns quadros no Collegio de Coimbra. Delle faz memoria o Padre Franco Imag. da Virtud. do Colleg. de Coimb. Tom. 2. liv. 3. cap. 19. 20, 21, 22, e 23. Escreveo.
Carta aos Padres da Provincia de Portugal escrita a 4. de Setembro de 1650. onde relata o infausto sucesso da sua jornada. Consta de 16. paginas.
Carta escrita de Goa em 5. de Janeiro de 1562. em que descreve a jornada da Bahia atè Goa. Consta de 22. paginas.
Estas duas Cartas conservava em seu poder o Padre Antonio Franco como affirma na Imag. da Virtud. do Colleg. de Coimb. Tom. 1. pag. 359. dizendo que nellas atè dibuxou os baxos em que se perdeo a Nao, e outras Ilhas. e paragens, em que tiveraõ os naufragantes repetidos infortunios.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]
Nov 12, 2018
P. MANOEL ALVARES natural da Villa de Alter do Chaõ da Provincia Transtagana alumno da Companhia de Jesus cujo instituto abraçou em o Noviciado de Evora a 7. de Fevereiro de 1590. quando contava 17. annos de idade. Foy inseparavel companheiro do Padre Balthezar Barreira, e participante dos Apostolicos trabalhos que padeceraõ na cultura do Reyno de Guiné e Serra Leoa bautizando muitos Principes idolatras, e convertendo innumeraveis Gentios ao gremio da Igreja Romana. Falleceo na Casa professa de S. Roque a 3. de Julho de 1619. Delle se lembraõ Telles Chron. da Comp. de Jes. da Prov. de Portug. Part. 2. liv. 6. cap. 26. n. 2. e cap. 32. n. 10. e Guerreiro Relac. Annal. do anno de 1607. até 1608. liv. 4. fol. 242. Compoz
Discripçaõ Geografica daquella parte da Africa chamada Guinè. M. S. Desta obra o faz author Telles na Chron. assima allegada Parte 2. liv. 6. cap. 26. n. 2. e no cap. 32. n. 11. transcreve huma Carta do dito Padre Manoel Alvares em que relata alguns sucessos da Missaõ de Guiné.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]
Nov 12, 2018
Fr. MANOEL ALVARES CARRILHO natural da Villa de Serpa em a Provincia Transtagana Freyre professo da Ordem militar de S. Bento de Aviz, onde foy admitido no primeiro de Dezembro de 1624. Doutor em os Sagrados Canones em a Universidade de Coimbra, cujo grao recebeo a 23. de Julho de 1628. A sua litteratura unida com maduro talento o fizeraõ digno de ser Agente em Roma dos negocios desta Monarchia no tempo do Serenissimo Rey D. Joaõ IV. cuja feliz Aclamaçaõ aplaudio no anno de 1641. em a Universidade de Coimbra como huma Oraçaõ Latina em que mostrou ser igualmente perito na lingua Latina, como nos preceitos de Rhetorica, a qual se publicou com o seguinte titulo.
In festiva acclamatione Optimi Principis ac Regum felicissimi Joannis IV. nuper in avitum Regnum assumpti Oratio habita in Collimbriensi Academia. Sahio a fol. 21. vers. dos Aplauzos da Universid. de Coimb. a ElRey D. Joaõ o IV. Conimbricae Typis Didaci Gomes de Loureiro. 1641. 4.
Foy Superior do Convento da Ordem militar de Aviz, Vigario Geral, e Governador do Bispado de Coimbra, e depois Vigario Geral do Bispado de Vizeu, e Abbade da Rayva do Padroado Real onde morreo. Escreveo.
Commentaria ad cap. cum Excommunicato caus. 11. qvaest 4.
……….. ad Regul. cum quid una via de Regul. jur. in 6.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]