Nov 13, 2018
MANOEL DE ABREU natural da Villa do Crato e filho de Christovaõ de Abreu. Aplicouse na Universidade de Coimbra ao estudo da Medecina em cuja faculdade fez taes progressos, que recebido o grao de Licenciado regentou a Cadeira de Crisibus da qual tomou posse a 19. de Fevereiro de 1618. até que chegou á de Prima em 30. de Janeiro de 1632. Onde jubilou e foy recondusido em 20. de Mayo de 1642. Escreveo no anno de 1621.
Tractatus de morbis mulierum. 4. M. S.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]
Nov 13, 2018
MANOEL DE ABREU MOUSINHO natural da Cidade de Evora donde passando ao Oriente foy Ouvidor da Chancellaria de Goa, e depois Abbade da Igreja de Villaflor. Teve bastante instruçaõ da historia secular deste Reyno e principalmente das celebres proezas que os Portuguezes obráraõ nas regioens Orientaes. Do seu nome fazem memoria Cardozo Agiol. Lusit. Tom. 2. p. 377. No Comment. de 31. de Março let. G. Nic. Ant. Bib. Hisp. Tom. 1. pag. 261. col. 2. Fonceca Evora Glorios. pag. 413, e o addicionador de Bib. Orient. de Antonio de Leaõ Tom. 1. Tit. col 55. Compoz.
Breve discurso en que se cuenta la conquista del Reyno del Pegù en la India de Oriente echa por los Portuguezes desde el año 1600. hasta el 1603. Siendo Capitan Salvador Ribero de Sosa natural de Guimaraens a quien los naturales eligieron por su Rey. Lisboa por Pedro Crasbeeck. 1617. 8.
He dedicado ao Duque de Lerma, e no Prologo promete escrever as façanhas dos Portuguezes. Sahio tradusida esta obra na lingua Portugueza e impressa no fim da terceira ediçaõ da Peregrinaçaõ de Fernaõ Mendes Pinto. Lisboa por Jozé Lopez Ferreira 1711. fol.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]
Nov 13, 2018
MANOEL AYRES. Veja-se o P. MANOEL MONTEIRO.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]
Nov 13, 2018
D. MANOEL AFFONSO DA GUERRA natural da Villa de Guimaraens situada na Provincia do Minho e filho de Salvador Gomez e de Maria Gomez da Guerra. Deixando a patria se aplicou na Universidade de Salamanca ao estudo do Direito Pontificio, e como era dotado de engenho agudo mereceo ser admitido ao Collegio mayor de Cuenca onde conciliou o aplauzo de grande Letrado. Voltando para a Patria obteve o Priorado da Igreja de Villa flor donde subio em o anno de 1622. á Mitra de Cabo Verde. Teve por ouvinte do Sermaõ de San-Tiago prégado no seu dia em Lisboa a Filippe II. quando no anno de 1619. assistio nesta Corte, e o imprimio com o seguinte titulo.
Sermaõ de San-Tiago. Lisboa por Pedro Crasbeeck. 1619. 4.
Delle fazem memoria Joan. Soar. de Brito Theatr. Lusit. Litter. Lit. E. n. 19. Joaõ Franco Barreto Bib. Portug. M. S., e o Padre D. Ant. Caet. de Sousa Cathal. dos Bispos de Cabo Verde.
Falleceo na Cidade da Ribeira Grande da Ilha de San-Tiago a 8. de Março de 1624.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]
Nov 13, 2018
MANOEL DE AGUIAR PEREIRA Prothonotario Apostolico filho de Diogo de Aguiar, e Maria Marques naceo na Villa de Santarem e na Parochia de Santa Cruz foy bautizado a 7. de Dezembro de 1659. Ordenado de Presbitero se aplicou ao estudo daquellas sciencias necessarias a hum perfeito Ecclesiastico, sendo taõ douto na Theologia Moral, e Mystica, como nos Ritos Ecclesiasticos. Falleceo na Patria a 21. de Setembro de 1729. e jaz sepultado na Capella mór da Parochia de Santa Cruz onde recebera a primeira graça. Deixou escrito.
De Caerimoniis Ecclesiasticis. M. S.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]
Nov 13, 2018
D. MANOEL DE ALMADA naceo em Lisboa sendo filho de Gil Alvarez, e Izabel de Almada igualmente illustres que virtuosos, e sobrinho de D. Ayres da Silva Bispo do Porto de quem foraõ progenitores Ruy Pereyra da Silva Guarda mór do Principe D. Joaõ, e de D. Izabel da Silva. Instruido nas letras humanas estudou Direito Pontificio, e nelle fez taõ grandes progressos que passando da especulaçaõ á practica exercitou o lugar de Dezembargador dos aggravos na Casa da Supplicaçaõ com grande credito da sua rectidaõ, e litteratura, de cujo ministerio se lembra com merecido louvor o insigne Jurisconsulto Antonio da Gama nas suas Decisoens Decis. 30 n. 3. Ao tempo que era Chantre da Cathedral de Lisboa, Deputado do Santo Officio, e Conservador das Ordens militares o nomeou ElRey D. Sebastiaõ Bispo da Cidade de Angra Capital da Ilha Terceira em o anno de 1561. por Vacatura de D. Fr. Jorge de Santiago da Ordem dos Prégadores, que fallecera a 26. de Outubro do dito anno. Assistio com todos os Prelados do Reyno em as prirneiras Cortes celebradas em Lisboa a 13. de Dezembro de 1562. Entre as Pessoas que acompanháraõ a Senhora D. Maria quando no anno de 1565. Partio desta Corte a despozar-se com o famoso Alexandre Farneze Principe de Parma, e Placencia, se distinguio pela sua natural afabilidade, e grave prudencia assistindo como testemunha a estes augustos despozorios de que foy Ministro o Arcebispo de Cambray em a Cidade de Brusselas. Voltando para a Patria, como se sentisse oprimido de achaques dimitio o Bispado no anno de 1567. sucedendo-lhe D. Nuno Alvares Pereira Doutor em os sagrados Canones, e neste anno a 18. de Mayo foy provido por seu Tio D. Ayres da Silva Bispo do Porto no Beneficio de Medellos do Mosteiro de Ferreira. Nos annos que lhe restaraõ de vida se preparou para a morte com actos religiosos até que falleceo a 2. de Outubro de 1580. Jaz sepultado na Cathedral de Lisboa. Quando assistio em Flandes lhe chegou as mãos o libello infamatorio de Gualter Haddon Secretario da Rainha de Inglaterra D. Izabel contra o insigne Varaõ D. Jeronimo Ozorio por ter com huma douta invectiva arguido aquella impia Iezabel da sua apostazia. Para defender o credito de hum taõ grande Prelado e confundir a cega petulancia daquelle antigonista pegou da penna e como se fora rayo aniquilou todos os seus sofisticos fundamentos, cuja obra publicou com o titulo seguinte.
Adversus Epistolam Gualteri Haddoni Serenissimae Reginae Angliae á supplicum libellis contra Reverendi P. Hyeronimi Osorii Lusitani Episcopi Silvensis epistolam nuper editam. Antuerpiae per Guilielmum Silvium 1566. 4. Dedicada a Serenissima Senhora D. Maria Princeza de Parma. No Prologo escreve ser Deputado do Santo Officio contra a heretica pravidade, e com taõ manifesta expressaõ se naõ póde duvidar que exercitasse este ministerio, suposto que Fr. Pedro Monteiro nos Cathalogos que imprimio de todos os Deputados das Inquisiçoens deste Reyno, naõ faça delle mençaõ. Celebraõ o seu nome Spener. Opus Herald. Part. 1. lib. 1. cap. 22. pag. 287. Nicol. Ant. Bib. Hisp. Tom. 1. p. 262. col. 1. Illustris. Cunha Hist. Eccles. de Braga Part. 2. cap. 78. e no Cathal. dos Bisp. de Port. Part. 2. cap. 37. Joan. Soar. de Brito Theatr. Lusit. Litter. Lit. E. n. 17. D. Fr. Thom. de Faria Decad. 1. lib. 9. n. 4. Magn. Bib. Eccles. p. 337. col. 2. Draudius Bib. Classic. Sousa Cathal. dos Bisp. de Funchal n. 4. e na Hist. Geneal. da Cas. Real Portug. Tom. 3. p. 445, Barbosa Mem. Hist. delRey D. Sebast. Part. liv. 1. cap. 12. e liv. 2. cap. 13.
[Bibliotheca Lusitana, vol. III]