Luís Simões de Azevedo

LUIZ SIMOENS DE AZEVEDO natural de Lisboa, e filho de Luiz Simoens de Azevedo Escrivaõ dos Almazens Reaes e D. Maria Magdalena de Mesquita. Instruido nas letras amenas cultivou as severas em que mostrou subtil engenho, grande comprehensaõ, e incansavel estudo. Teve genio para a Poesia vulgar como tambem para a Proza em que exercitou o seu talento com felicidade de cujos dotes foy theatro a Academia dos Anonymos da qual foy Collega. Falleceo na patria a 27. de Mayo de 1728. quando contava 38. annos de idade. Publicou.

Oraçaõ funebre no infeliz sucesso da morte do Senhor D. Miguel filho do Augustissmo Rey D. Pedro II. de Portugal. Lisboa por Paschoal da Silva 1724. 4.

Outavas em Louvor do Padre Fr. Manoel de Sá Carmilitano escrevendo as Memorias Historicas do Carmo. Sahiraõ no Tom. 5. da Feniz Renacida a pag. 345. Lisboa por Antonio Pedrozo Galraõ 1728. 8.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. III]

Luís de Sequeira da Gama

LUIZ DE SIQUEIRA DA GAMA natural de Lisboa, e filho do Doutor Antonio de Siqueira da Gama de quem se fez mençaõ em seu lugar, e de sua terceira mulher D. Ignez Maria de Oliveira. Nos primeiros annos como era muito perito nas letras humanas, e perceitos da Poetica produzio diversas obras metricas assim na lingua Latina, como materna que foraõ ouvidas com aplauzo na Academia dos Anonymos instituida na sua patria da qual foy insigne Collega. Igual capacidade mostrou na Jurisprudencia Cesarea da qual recebeo o grao de Bacharel em a Universidade de Coimbra. Aprovada pelo Dezembargo do Paço a sua sciencia legal a exercitou nos lugares de Juiz de Fóra do Landroal, de Guimaraens, e da Villa de Santos na America. Sendo ja togado foy sindicar por ordem Real da invazaõ que os Francezes fizeraõ em o Rio de Janeiro no anno de 1711. Depois de ter exercitado na Relaçaõ da Bahia de todos os Santos Capital da America Portugueza os lugares de Ouvidor do Civel, Juiz da Coroa, Dezembargador dos Aggravos voltou para o Reyno, e na Relaçaõ do Porto foy Dezembargador de Aggravos, e Corregedor do Civel donde passando para a Casa da Supplicaçaõ em 15. de Julho de 1734. Subio de Corregedor do Civel da Corte a Dezembargador dos Aggravos a 4. de Novembro de 1738. Nestes tres Areopagos unio a rectidaõ com a benevolencia, e a sciencia com o desinteresse merecendo em premio do seu inculpavel procedimento prognosticar a ultima hora da sua vida que foy em hum Sabbado 10. de Julho de 1743. Compoz

Eclypse da Fermosura observado no espelho da saudade pelo comum sentimento na sempre lamentavel morte da Serenissma Senhora D. Maria Sofia Izabel de Neoburg Rainha de Portugal. Lisboa por Miguel Deslandes Impressor de Sua Magestade 1699. 4. He glossa ao Soneto de Antonio da Fonceca Soares principia. Nessa pira funesta ó Peregrino &c.

Nos progressos Academicos dos Anonymos de Lisboa Part. 1. Lisboa por Joseph Lopes Ferreira 1718. 4. estaõ delle os Versos seguintes.

Soneto a pag. 54. Epigramma Latino. a pag. 88. Soneto 110. Romance 138. Ode Portugueza. 168. Soneto. 216. 301.

Tractatus de Citationibus fol. M. S. He volume de justa grandeza, que estava prompto para a Impressaõ.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. III]

Luís de Sequeira da Silva

LUIZ DE SIQUEIRA DA SILVA natural da Villa de Monte mór o Velho do Bispado de Coimbra formado em os Sagrados Canones em a Universidade de Coimbra muito estudioso de Genealogia. Escreveo como affirma o Padre Sousa Apparat. á Hist. Gen. da Cas. Real Portug. p. 126. §. 140.

Tratado das Familias de Mendanhas, Ponces de Leon, Siqueiras, e Covilhans. M. S. Vivia em o anno de 1677.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. III]

Frei Luís Soares

Fr. LUIZ SOARES natural de Lisboa alumno da sagrada Ordem da Santissima Trindade cujo instituto professou no Convento patrio a 20. de Junho de 1568. Recebeo as insignias doutoraes na Universidade de Coimbra na Faculdade Theologica onde foy Oppozitor ás Cadeiras, e substituto da de Vespera. Foy o primeiro Mestre de Artes, que teve a Provincia Portugueza depois de reformada, e universalmente estimado por insigne Poeta, excellente Latino, e eloquente Prègador. Seguio com summa fidelidade o partido do Senhor D. Antonio quando pertendeo a Coroa desta Monarchia por cuja causa esteve recluso no Castello de Lisboa, e na Torre de S. Juliaõ da barra, e depois desterrado por Filippe II. E impedido que naõ prégasse o que tudo relata o Senhor D. Antonio na carta escrita a Gregorio XIII. Assistindo em Londres dedicou ao Doutor Fr. Bernardo de Mettis vigessimo sexto Geral da sua Ordem, e Esmoler DelRey Christianissimo. Theologia Mistica 2. Tom. fol. Esta obra estando ja na impressaõ de Pariz se suspendeo por morte de seu Author sucedida em Londres no anno de 1591. Faz delle memoria Altuna Chron. da Ord. p. 633.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. III]

Luís Soares de Oliveira

LUIZ SOARES DE OLIVEIRA muito versado nas letras Divinas, e humanas como tambem na Poesia vulgar por cujas partes exercitou a incumbencia de Mestre dos Pagens do Serenissimo Principe D. Duarte Marquez de Flechilla, e Malagon. Compoz,

Affectos de amor. Consta de Varios Versos. No fim tem huma Cançaõ ao Cometa que apparèceo em Alcobaça sobre a Coroa DelRey D. Affonso Henriques em hum Sabbado 6. de Novembro de 1632.

A ventuura, e mor desgraça. Comedia

Em louvor de Santa Tereja Lopes Padroeira da Villa de Ourem. Canto em 8. Rima.

Dedicado ao Chantre de Evora Manoel Severim de Faria em cuja Bibliotheca se conservava M. S.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. III]

Frei Luís de Soutomaior

Fr. LUIZ DE SOTTOMAYOR brilhante Astro do Ceo Dominicano de cuja primeira luz foy feliz Oriente a famosa Cidade de Lisboa em o anno de 1526. Foy filho de Fernando Eannes de Sottomayor Capitaõ em Cananor, e de Mayor Diaz de Aguiar filha de André Diaz Botafogo Adail de Tangere, e neto de Gomes Ferreira Porteiro mór dos Serenissimos Monarchas D. Joaõ o II. e D. Manoel, casado com D. Mayor de Sottomayor filha de D. Pedro Alvares de Sottomayor Conde de Caminha em Portugal, e Senhor da Casa de Sottomayor, e Bisconde de Tuy em o Reyno de Galiza. De taõ clara ascendencia augmentou os esplendores com a profundidade das sciencias com que assombrou as Universidades, e com a practica das virtudes com que edificou os Claustros. Entre todos elegeo como palestra de sabios, e Seminario de Santos, a preclarissima Ordem dos Prégadores professando solemnemente o seu Instituto no Convento patrio a 22. de Abril de 1543 onde instruido naquellas artes que servem de prologo ás sciencias mayores, passou a Flandes em o anno de 1549. e na Universidade de Lovaina entre outros insignes Cathedraticos ouvio Theologia do Mestre Fr. Joaõ Heutonio da Ordem dos Prégadores, e como era ornado de juizo perspicaz, e feliz memoria sahio consummado naquella sublime Faculdade. Aplicou-se á intelligencia das linguas Grega, e Hebraica com as quaes penetrou profundamente os arcanos de hum e outro Testamento. Celebrados os despozorios de Felippe Prudente com a Rainha de Inglaterra D. Maria querendo estes Principes restaurar em o anno de 1554. As Universidades de Oxonia, e Cantabrigia, foy nomeado para ensinar letras humanas, e juntamente instruir com os dogmas da Igreja Romana aos seus discipulos de que tinhaõ sido seus pays impios dezertores, cuja incumbencia dezempenhou como do seu zelo, e sabedoria se esperava. Por morte da Rainha D. Maria foy obrigado a passar a Flandes, e depois a Alemanha exercitando em huma, e outra parte o magisterio com credito do seu talento, e emolumento dos seus ouvintes. Por ordem delRey D. Sebastiaõ assistio como seu Theologo no anno de 1561. em o Concilio Tridentino onde foraõ testemunhas da sua vasta litteratura os Padres deste veneravel Congresso. Restituido á Patria no anno de 1564. da qual estivera auzente o largo espaço de 25. annos nao permitirao os Superiores que estivese ocioso o seu talento para beneficio da Religiaõ ordenando-lhe que dictasse Theologia. Resoluto ElRey D. Sebastiaõ augmentar a Universidade de Coimbra com insignes Mestres o nomeou Lente de Prima da sagrada Escritura de que  tomou posse a 4. de Fevereiro de 1567. cujo magisterio exercitou vinte, e dous annos com eterna recomendaçaõ do seu Nome. Depois de jubilar nesta Cadeira foy della privado por decreto de 26. de Setembro de 1580. em castigo de ser fiel sequaz do Senhor D. Antonio quando pertendia a Coroa de Portugal, e sendo brevemente a ella restituido mereceo a gloria de que a emulaçaõ fosse apologia da sua innocencia. Finalizada a diuturna carreira do seu magisterio quando parecia que o indulto da idade provecta o dispensava da aplicaçaõ de novos estudos, os continuou com mayor disvelo revolvendo as obras dos Santos Padres principalmente as de Santo Agostinho que todas leyo duas vezes para exornar os seus Commentarios á Sagrada Escritura. Nunca estudou sem a penna na maõ escrevendo promptamente tudo quanto lhe era util ás suas compoziçoens, e como muitas vezes tivesse impedida a maõ direita pelo achaque da gotta, se valia da esquerda que tinha custumada para este exercicio. Todo o tempo que lhe restava das obrigaçoens Religiosas, e precisas pensoens do comer, e dormir o consumia na liçaõ dos livros sendo tal o afecto que lhes tinha, que sempre os levava por companheiros nas jornadas onde passado o primeiro sono se levantava, e acendia luz para o que levava fuzil, e pederneira, e se punha a estudar como se estivera na quietaçaõ da sua cella. Concorria para este continuo estudo a robusta compleiçaõ que conservou atè os ultimos annos, e sendo nestes molestado da gotta, a estimava para se escuzar de vizitas que o distrahiaõ da sua apetecida aplicaçaõ. De todos que se valiaõ da sua pessoa foy promptissimo bemfeitor assim com a esmola, como com a intervençaõ principalmente dos Estrangeiros que conhecia pelas peregrinaçoens que fizera fóra da patria. Havendo chegado a provecta idade de 84. annos como  conhecesse superiormente estar propinquo o termo da sua vida se confessou e comungou no Oratorio do Collegio de Coimbra em o dia da Ascençaõ de Christo. Recolhido á cella se foy debilitando com tal excesso que por conselho dos Medicos recebeo o Sagrado Viatico a quem fez huma protestaçaõ ornada de textos da Escritura, e authoridades dos Concilios com que fielmente reconhecia a real existencia do Corpo de Christo debaixo das especiaes Sacramentaes. Chegado o solemne dia do Pentecostes, e tivesse recebido na Vespora a Extrema-Unçaõ pedio eficazmente a toda a Comunidade que estava presente, nunca se apartasse da doutrina de Santo Agostinho, e de seu fidelissimo interprete Santo Thomaz pois sem ella naõ podiaõ entenderse os mysterios que ocultaõ as Epistolas de S. Paulo. Pedio a Vela, e dizendo que partia a descançar com Deos espirou placidamente a 20. de Mayo de 1610. ao tempo que se cantava no coro o verso Veni Sancte Spiritus depois da Epistola. Concorreo toda a Universidade a venerar o seu cadaver, beijando-lhe muitos dos Cathedraticos as maõs, e pés, distinguindo-se entre todos o Reytor D. Francisco de Castro que depois foy Bispo da Guarda, e Inquizidor Geral que para eternizar a veneraçaõ, e afecto que tinha a este Varaõ insigne lhe mandou abrir a sepultura no meyo do Oratorio do Collegio de Santo Thomaz, e nella cuberta com huma grande campa se lhe esculpio o seguinte epitafio composto pelo Doutor Gabriel da Costa Lente da Cadeira grande da Escritura.

Magnus Theologus vir Caelo dignus,

Fr. LUDOVICUS SOTTOMAYOR

Dominicanus

Fidei vehemens Assertor

In utraque Germania, & Anglia.

Primarius Conimbricae

Divinorum librorum Interpres.

Longe illustris, & emeritus.

Moriens ipsa die, & hora,

Qua Spiritus Sanctus

Corda repleverat Apostolorum,

Suae mortis divinus.

Vivam Sanctitatis

Imaginem expressit,

Quam vivens sibi paraverat

Deym sequendo.

Tandem hic situs est

Anno MDCX aetatis LXXXIV.

Saõ innumeraveis os elogios com que celebres Escritores celebraõ o seu Nome. Nicol. Ant. Bib. Hisp. Tom. 2. p. 51. col. 1. doctissma in Scripturae quosdam libros digerere Commentaria omnibus omnium disciplinarum flosculis, quos studium multiplex, ac felecissima ei suppeditabat memoria, conspersa. Fr. Luiz de Souza Hist. de S. Domingos da Prov. de Portug. Part. 1. liv. 3. cap. 38. Jubilou com o nome que de direito lhe podemos dar de Trimegistro, quero dizer tres vezes Maximo, grande letrado, grande estudante, e o que mais importa, grande Religioso. Possev. Apparat. Sacer. Tom. 2. p. 84. Vir probus, doctus, ac mitis. Cardozo Agiol. Lust. Tom. 3. p. 457. dotado de perspicaz entendimento; felice memoria, e incrivel retentiva com grande noticia das linguas Grega, e Hebraica. Joan. Soat. de Brito Theatr. Lusit. Litter. Lit. L. n. 46. Vir doctissimus, & eruditissimus.O Senhor D. Antonio Prior do Crato na Carta escrita em Francez a Gregorio XIII, e tradusida em Latim pelo Cavalhero Octavio Sylvio. Taceo Fr. Ludovicum á Sottomayor nobilem infgnemque Theologum apud Lovanienses, & Sacrum Tridentinum Concilium satis superque cognitum, mayoris etiam Cathedrae Sacrae Scripturae apud Conimbricenses Lectorem magni nominis. Fr. Lucas de Santa Catherina. Hist. de S. Domingos da Prov. de Portug. Part. 4. pag. 439. Oraculo dos Theologos do seu tempo. Scherlog. in Cantic. Antilop. 1. Sest. 3. n. 19. Vir excellens, ejusque lucubrationes in Cantica dissertissimae Lelong. Bib. Sacr. pag. mihi 968. col. 2. Trium linguarum peritum. Calvo Defens. dos Iust. Part. 2. cap. 8. Taõ douto como santo. Ferreira Fascicul. Trium flor. fol. 36. Mayor in litteris, mayor virtute multisque sibi contemporaneis, ne dicam omnibus excellentior. Sena Bib.Ord. Praed. pag. Hunc plurimum commendant religionis, & humilitatis magnae praestantia quam habet cum nobilitate conjunctam praeclari ingenii fama. D. Fr. Thom. de Faria Decad. Decad. 1. liv. 9. Vir sanguine, & virtute supremis. Gravsson Hist. Eccles. Tom. 7. pag. mihi 113. col. 2. Theologus eruditissmus Fernand. Notit. Script. Ord. Praed. pag. 364. Vir non solum disciplinis Theologicis, sed vitae Sanctitate clarus. Monteiro Claustr. Domin. Tom. 3. p. 268. floreceo em virtude, e morreo com opiniaõ de Santidade. Echard Script. Ord. Praed. Tom. 2. pag. 374. col. 2. Vir immortalite dignus. Sirva de coroa a todos estes elogios o Breve de Clemente VIII. expedido a 28. de Março de 1597. impresso no principio das suas obras em que o Summo Pastor o exhorta a que as publique para ornato da Igreja Catholica, e instruçaõ scientifica de seus filhos do qual transcrevemos alguma parte. Cum sicut accepimus tu qui in sacrae Theologiae studiis diutissime versatus es in publica Colimbricae Universitate à plurimis annis Cathedraticus extitisti, nunc verò senio confectus, ac laboribus consumptus in eadem Universitate jubilatus es, quam plurima in Sacram Scripturam opera eruditione, ac doctrina maxime referta summis vigiliis, ac laboribus composueris, quae si in lucem edantur Sacrae Paginae studiosis maximam utilitatem habere poterunt, & ideo à plurimis, praesertim vero tui Ordinis Provinciae Portugalliae religiosis, desiderantur: Nos qui pro nostri Pastoralis muneris debito Ecclesiae Catholicae exaltationem procurare, & eo nomine eruditorum virorum in ea studiose laborantium ingeniis favere solemus, tua hujusmodi Opera ad studiosum eorumdem utilitatem in lucem proferre disiderantes, ac tuos pios labores summopere commendantes &c.

Compoz.

Cantici Canticorum Salomònis interpretatio. 2. Tom. Olyssipone apud Petrum Crasbeeck 1619. fol.

Ad Canticorum Notae posteriores, & breviores. Parisiis apud Michaelem Somnium 1621. 4.

Commmentarius in priorem, ac posteriorem Pauli Apostoli Epistolam ad Thimotium, & item in Epistolam ejusdem Apostoli ad Titum. ibi per eumdem Typog. 1610. fol. 144

Commentaria in librum Job, partem libri Psalmorum, Evangelium Lucaae, & Joannis. fol. M. S.

Commentaria super 13. Cap. Joan. ad illa verba. Ante diem festum Paschae sciens Jesus &c. fol. M. S. Conserva-se na Livraria do Convento de S. Francisco de Lisboa da Provincia de Portugal.

Scholia in Epictetum Philosophum. Dedicado ao Senhor D. Antonio. Estava prompto para a Impressaõ.

Tratado sobre o direito que a Senhora Dona Catherina Duqueza de Bragança tinha á Coroa de Portugal. fol. M. S.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. III]