Inácio Moreira

IGNACIO MOREYRA. Naceo a 17 de Mayo de 1685. em a Cidade da Bahia Capital da America Portugueza sendo filho de Francisco Moreira Franco, e Anna Coelha. Estudou Gramatica, Humanidades, e Filosofia no Collegio patrio dos  Padres Iesuitas onde recebeo o grao de Mestre em Artes. Ordenado de Presbitero no anno de 1714. levou por oposiçaõ a Vigairaria da Parochial Igreja de N. Senhora do Desterro em a sua patria da qual tomou posse a 8 de Iulho de 1727. Onde exercitando as obrigaçoens de vigilante pastor falleceo com saudades das suas ovelhas a 19 de Iunho de 1740. Foy bom Pregador de cujo sagrado ministerio fez publico

Sermaõ da gloriosa Virgem Santa Clara com o Santissimo Sacramento exposto pregado na Parochial de Nossa Senhora do Desterro, e Convento das  Religiosas de Santa Clara da Cidade da Bahia. Lisboa por Manoel Fernandes da Costa Impressor do S. Officio 1739. 4.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. II]

Inácio de Morais

IGNACIO DE MORAES Naceo na Cidade de Bragança igualmente illustre pelo nacimento sendo filho de Pedro Alvares de Moraes, e irmaõ de Nuno Alvres Pereira do Conselho de Estado de Portugal em Madrid, Senhor de Serra Leoa do Paul de Muja, das Iugadas de Santarem, Commendador da Commenda de N. Senhora do Marmeleiro da Ordem de Christo, como pelo engenho com que se distinguio em a Universidade de Pariz de todos seus condiscipulos no estudo das letras humanas e na metrificação dos Versos Latinos em que imitou a Magestade de Virgilio, e a suavidade de Ovidio. A fama, que corria da sua erudiçaõ moveo a ElRey D. Ioaõ o III. Ordenar-lhe por carta passada a 21 de Ianeiro de 1541. que illustrasse com o seu magisterio a nova Universidade de Coimbra lendo a Cadeira de Grammatica, e como era venerado Oraculo da Poezia Latina foy provido em 30 de Setembro de 1546. em a Cadeira desta Arte da qual lia os preceitos huma hora de menhãa, e outra de tarde com o salario de outenta mil reis. Naõ foy inferior o seu talento para as sciencias severas como o tinha exercitado em as amenas pois recebendo o grao de Mestre em Artes em que chegou a ser Decano, se formou na Faculdade da Iurisprudencia Cesarea com aplauzo de todos os Cathedraticos Conimbricenses, que uniformemente o elegeraõ para congratular as Magestades de D. Ioaõ o III. e de D. Catherina quando foraõ no anno de 1550. vizitar a Universidade, cuja incumbencia dezempenhou com huma Oraçaõ Latina composta, e recitada com o espirito de Cicero, e certamente digna de taõ augustos ouvintes. Teve a honra de ser Mestre do Infante D. Duarte filho do Serenissimo Rey D. Ioaõ o III. e do Senhor D. Antonio filho do Infante D. Luiz. Entre os homens eruditos da sua idade com quem tratou familiarmente, lhe deveo mayor affecto o insigne Andre de Resende, o qual de Convers. mirand. D. Aegid. pag. 71. v.° escreve, que convidando a Ignacio de Moraes para huma sua quinta onde corria huma caudelosa fonte lhe fez extemporaneamente o seguinte Epigramma.

Potitat hoc liquidas de fonte suaviter undas

Hic, jubar eximum ordinis, ecce, sui

Quae postquam tanti subierunt jura Magistri

Castalis haec unda est, Thespiadumque locus.

E admirando a amenidade do sitio rompeo a sua Musa em segundo Epigramma.

Mollem secessum, portum placidumque laborum

Haec praebet cunctis Villa beata bonis

Hunc amat ille locum, securaeque otia vitae,

Quem nec livor edax, ambitio ve tenet.

Foy cazado com Anna Mendes matrona nobre de quem teve hum filho, e duas filhas. Falleceo em o Real Convento de Alcobaça para onde se tinha retirado a prepararse para a morte, que sucedeo pouco tempo depois, que Filipe Prudente se senhoreou deste Reyno. Aplaudem o seu nome, e a sublimidade da sua Musa Resende lib. 2. Convers. Aegid. pag. 22. v.º unus ex bonarum litterarum Conimbricae cum quo mihi pervetus est amicitia, homo sane honestis praeditus disciplinis, ut si quis apud nos alius, certe in poetica, venae facillimae, & Ovidianae, ad quam e componit, tam similis, ut qui ubivis gentium maxime. et lib. 3. pag. 71. v.º ut est ad carmina pangenda prompto, peruelocique ingenio. Ioan. Soar. de Brit. Theatr. Lusit. Liter. lit. 1. n. 9. Egregius Poeta. Maris Dial. de Var. Hist. Dial. 5. fol. mihi 357 . D. Nicol. de Santa Maria Chron. dos Coneg. Reg. liv. 10. cap. 5. n . 11. eminente em letras de humanidade. Faria Europ. Portug. Tom. 3. Part. 3. cap. 12. n. 43 . Didac. Mend. de Vasconc. de suo Ebor. disces.

Antiquis Aegnati aequande poetis.

Hyer. Cardos. Sylvar. Tom. 2. Sylv. 12.

Tot peperere tui Aegnati doctissime Versus

Gaudia, quas nudas inter Pasithea Sorores

Gestavit gavisa sinu, salibusque refersit

Facundis, totumque dedit consistere num~e,

Cypriis, & Idylais uuxit pulcherrima succis.

Aligeros prohibens procul hinc abscedere natos

Addidit, et Graio gustatam guttere Lothon Ut maiora queant oblectamenta movere.

Et lib. 1. Elegiarum.

Qualis imprimis meus est disertus.

Gloria Aegnatus juvenum decusque

Cujas est nobis amor ante mella

Dulcis Hymeti.

Cujus, & doctis recreor libellis.

Qui meras plane redolent Athenas

Quique Romanos sapiunt lepores

Judice Momo

Anton. Cabbedo in Poemat. ad ipsum.

Si meritis donare tuis aequalia vellem

Munera si donis vellem praeire meis.

Quantùm Te nostro jam dudum in pectore fixi

Pars animae Aegnati, dimidiumque meae. P. Anton. dos Reys Enthus. Poet. n. 50.

………………….vario descripsit carmine laudes Gentis ubique suae Morales.

Compoz.

M. T. Ciceronis Proaemium Rhetoricae. Dicatum Nobilissimo Iuveni Petro Lupo Sousae. Naõ tem lugar da impressaõ. He composto em versos elegiacos. 4.

Oratio Panegyrica ad invictissimum Lusitaniae Regem D. Ioannem III. nomine totius Academiae Conimbricensis in ejusdem scholis habita ipsa etiam Regis conjuge augustissima Diva Catherina Lusitaniae Regina. & regni haerede Principe filio D. Ioanne Serenissimo, ejusdemque Regis Sorore Diva Maria Serenissima praesentibus. 4. Naõ tem anno da ediçaõ. No fim está huma Ode Safica a ElRey D. Ioaõ o III. de ejus urbem Conimbricam adventu.

Epithalamilum Serenissimorum Principum Ioannis, & Ioannae. 4. sem lugar nem anno da impressaõ.

Panegyris D. Antonio Principis Ludovici filio. Conimbricae apud Ioannem Barrerium. Typ. Reg. 1553. 4.

In interitum Principis Ioannis elegiae duae; item cum ejusdem duobus epitaphiis. Deplorat Ioanna suavissimum maritum. Elegia Latina. Outra elegia que tem por argumento Ioannes Princeps recenti fato functus & Maria ejus Soror in Olympo colloquuntur. Outra. Ad nascentem prolem Serenissimae Ioannae.

Conimbricae Encomiun. Serenissimo Principi D. Antonio fortissimi Principis D. Ludovici Portugalliae Infantis filio. Conimbricae apud Ioannem Barrerium Typ. Reg. 1554. 4. Consta de huma descripçaõ excellente da Cidade de Coimbra em versos elegiacos.

In interitum Principis Ludovici elegia cum epitaphio. Conimbricae apud Ioannem Alvares. 1555. 4.

Oratio funebris in interitum Serenissimi Regis Ioannis àd Patres Conscriptos Conimbricensis Academiae. Conimbricae apud Ioannem Alvarum Typ. Reg. 1557. 4. No fim tem huma Elegia, e 4 Epitafios.

In quosdam Dialecticos, ac Grammaticos pro iureperitis carmen, & alia quaedam ejusdem poemata. Conimbricae apud Ioannem Barrerium. 1562. 4.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. II]

Padre Inácio Melo

P. IGNACIO DE MELLO Bramane, e Congregado da Congregaçaõ do Oratorio de Santa Cruz dos Milagres da Cidade de Goa na India Oriental igualmente perito na lingua Latina, como versado na Theologia Ascetica publicou sem o seu nome.

Compendio, do que devem fazer, e dos privilegios, e graças, que gozaõ os Confrades de Nossa Senhora do Carmo. Lisboa na Officina da Congregaçaõ do Oratorio. 1736. 8.

Tres Hymnos Latinos a N. Senhora, e hum a sua Mãy a Senhora Santa Anna. Naõ tem lugar da Impressaõ.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. II]

Padre Inácio Mascarenhas

P. IGNACIO MASCARENHAS. Teve por berço a Villa de Monte mór o novo em a Provincia do Alentejo, e por progenitores a D. Fernando Martins Mascarenhas Commendador de Mertola, Alcayde mór de Monte mòr o novo, Senhor de Lavre, e a D. Maria de Lencastre filha de D. Diniz de Lencastre Commendador mór da Ordem de Christo, Alcayde mòr de Obidos, Embaxador a França, Castella, e Roma, e de D. Izabel Henriques filha de D. Francisco Coutinho terceiro Conde de Redondo Vicerey da India, e por irmaõ a D. Ioaõ Mascarenhas Conde de Santa Cruz. Na tenra idade de 15 annos preferio com madura reflexaõ a humildade religiosa ao claro esplendor do seu nacimento recebendo a roupeta de Iesuita em o Noviciado de Evora a 24 de Fevereiro de 1622. e fazendo a profissaõ do quarto voto a 2 de Fevereiro de 1644. Dictou Filosofia em a Universidade de Evora, e Theologia Moral em o Collegio de Santo Antaõ de Lisboa deixando em huma, e outra parte eternos monumentos da subtileza do seu talento. Pela gravidade da pessoa, e prudencia de juizo mereceo o declarado affecto delRey D. Ioaõ o IV. cometendo-lhe quando o mandou a Catalunha no anno de 1641. Gravissimos negocios de que pendia a conservaçaõ desta Monarchia, cuja incumbencia desempenhou com igual destreza, que fidelidade como escrevem o Excellentissimo Conde da Ericeira D. Luiz de Menezes Portug. Restaurad. Tom. 1. pag. 147. E Almeyda Restaurac. de Portug. liv. 2. cap. 22. Tendo sido Reytor do Collegio de Lisboa foy promovido a Proposito da Caza de S. Roque em cujo lugar deixou a vida caduca pela eterna a 24 de Novembro de 1669. quando contava 62 annos de idade, e 47 de Companhia. Delle se lembraõ honorificamente Ioan. Soar. de Brito Theatr. Lusit. Liter. lit. 1. n. 7. e Franco Annal. S. J. in Lusit. pag. 347. n. 5. Compoz.

Relaçaõ do sucesso, que teve na jornada, que fez a Catalunha por ordem de S. Magestade ElRey D. Ioaõ o IV. N. Senhor Lisboa por Lourenço de Anuers. 1641. 4.

Justicia del inclyto Rey D. Juan el 4. de Portugal, Arbol de los Reys Portuguezes y Caza de Bragança, Leys de Lamego &c. Barcelona por Iaques Romeu. 1642. 4. Contra este livro sahio ocultando o nome Ioaõ Adaõ de la Parra Advogado do Tribunal da Inquisiçaõ cuja mordaz petulancia se conhece do titulo da sua impugnaçaõ, que he o seguinte. Apologetico contra el  Tirano y rebelde Verganza y conjurados Arcobispo de Lisboa y sus parciales em respuesta a los doze Fundamentos del Padre Mascareñas. Zaragoza por Diego Dormer. 1642. 4.

Oraçaõ exhortatoria aos fieis, e pios Christãos do Reyno de Portugal pela devoçaõ de ajudar ao proximo na agonia da morte;offerecea à Irmandade dos Agonizantes sita na Igreja de Santo Ignacio do Collegio de Santo Antaõ da Companhia de JESUS. Lisboa na Officina Crasbeckiana. 1656. 16.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. II]

Padre Inácio Martins

P. IGNACIO MARTINS Naceo na Villa de Gouvea do Bispado de Coimbra sendo filho de Martim Lourenço, e Brites Alvares, e o primeiro Noviço que foy admitido a 17 de Abril de 1547. à Companhia de Iesus em o Collegio de Coimbra onde lhe mudou o P. Simaõ Rodrigues o nome de Vasco que tinha em o seculo em o de Ignacio para memoria do seu grande Fundador. Aprendidas as sciencias escholasticas em que mostrou subtileza de engenho foy Mestre do quarto curso de Filosofia em o Collegio das Artes no anno de 1555. em o qual D. Ioaõ o III. entregou o seu governo aos Padres Iesuitas, e dictou a mesma Faculdade em o Collegio de Evora antes de ser Universidade onde depois recebeo as insignias doutoraes na Sagrada Theologia a 28 de Março de 1570. sendo seu Padrinho o Ven. Fr. Luiz de Granada eterno explendor da Ordem dos Pregadores cujo acto se fez mais plauzivel com a authorizada prezença delRey D. Sebastiaõ, Cardial D. Henrique e o Infante D. Duarte Duque de Guimaraens. Entre os Padres que foraõ votar ao Capitulo geral celebrado em Roma no anno de 1573. foy elle eleyto, e antes de chegar a Curia venerou em Padua a lingua incorrupta do Thaumaturgo Portuguez Santo Antonio, e considerando que ella tinha sido o instrumento da conversaõ de tantas almas se deliberou a emendar o estilo com que no pulpito lizongeava mais os ouvidos, de que compungia os coraçoens dos seus ouvintes. Restituido a Portugal no anno de 1574. passou à Praça de Tangere onde arrancou vicios, e plantou virtudes a impulsos de seu apostolico espirito. Mayor fruto colheo o seu incansavel disvelo explicando pelas praças, e ruas de Lisboa o Cathecismo de cujo louvavel exercicio, que o Ceo aplaudio com prodigiosos sucessos, foy o primeiro author. De todas as virtudes Religiosas podia ser exemplar pois na Oraçaõ era taõ continuo que posto de joelhos consumia sinco horas na meditaçaõ das divinas perfeiçoens; nas penitencias taõ rigoroso que todos os dias se disciplinava pelo espaço de tres quartos; na caridade taõ ardente que se privava do alimento necessario para com elle socorrer a pobreza; na modestia taõ insigne que somente abria os olhos para dirigir os passos. Os actos da piedade Catholica que fez na ultima doença eraõ bastantes para lhe santificar a memoria. Falleceo no Collegio de Coimbra a 28 de Fevereiro de 1598. com tal serenidade que se duvidava estar morto. Os primeiros que véneraraõ o seu Cadaver foraõ o Illustrissimo Bispo de Coimbra D. Affonso de Castello Branco o Senhor D. Alexandre filho dos Serenisssimos Duques de Bragança, o Reytor da Universidade Affonso Furtado de Medoça, e depois todos os Cathedraticos, e Doutores que com a mayor sumissaõ lhe beijaraõ os pés. Tanto que se divulgou a sua morte foy innumeravel o concurso do povo que concorreo ao Collegio despojando o dos vestidos, unhas, e cabellos que levavaõ como preciosas reliquias. Antes de ser sepultado recitou hum Panegyrico das suas virtudes o P. Sebastiaõ Barradas famoso Escriturario, que fez renovar as lagrimas de todo o auditorio lamentando a falta de taõ grande Varaõ, cuja santidade quiz Deos manifestar com alguns milagres que obrou em beneficio de varios infermos. Foy sepultado, como elle pedira, com a cana na maõ que lhe servia de instrumento para governar os mininos que catequizou em a Doutrina Christaã. D. Ioanna de Portugal no dia do seu enterro alludindo ao ultimo Sermaõ que pregara da Dominga 3. de Quaresma lhe fez este elegante Soneto.

Aquella voz de Ignacio, que abalava

O Ceo, e a terra toda suspendia:

A que do Ceo à terra Anjos trazia

A que da terra ao Ceo homens levava.

Acabou: jà naõ soa onde bradava

Mas por nòs nos Ceos falla onde s’ouvia:

Pregou por fè na vida o que naõ via,

Mas vio antes da morte o que pregava.

Pelejou com o diabo, e com a vida,

E já perto do fim mais esforçado

Na ultima batalha acabou tudo;

A açoutes deixa a carne já vencida;

Por humilde o mundo desprezado;

Por doutrina o diabo surdo, e mudo.

Com varios elogios exaltaõ o seu nome gravissimos Escritores como saõ Iorge Cardozo Agiol. Lusit. Tom. pag. 378. perfeito exemplar de virtudes, angelica vida, profunda humildade, proprio abatimento, desprezo das mundanas honras, abrazada charidade com os proximos nacida de grande amor de Deos. Ioan. Soar. de Brito Theatr. Lusit. Liter. lit. 1. n. 8. Vir heroicis quidem virtutibus insignis, sed zelo praecipue Christianae Doctrinae instillandae apud Lusitanos eminentissimus. Fr. Roque do Soveral Hist. do Apparec. de N. Senhora da Luz. liv. 1. cap. 6. Varaõ Apostolico. Bib. Societ. p. 395. col. 1. e 2. vir omnium judicio inter societatis Heroas sanctissimus recensendus. Telles Chron. da Compan. da Prov. de Portug. Part. 1. liv. 2. cap. 21. n. 6. aquelle insigne Varaõ a quem todo Portugal venerou com titulo de Mestre Ignacio porque na verdade foy Mestre na doutrina, que por espaço de 17 annos ensinou com a cana na maõ, e com o exemplo, que em toda a vida nos deu. Orland. Hist. Societ. lib. 7. n. 73. Sanctitate percelebris cui beata sorte obtigit non vocabulum modo, sed et praestantes B. Patris participare virtutes. Imago Prim. Saecul S. I. lib. 3. cap. 6. Spretis cum honore cathedris totum se dedit pueris, imperitae plebi, mancipiisque necessaria ad salutem doctriná imbuendis Taner Societ. Ies. Apost. Imitatrix. pag. 306. vir communi omnium sensu sanctus. Franco Annal S. I. in Lusit. p. 166. n. 1. admirandi Herois, e na Imag. da Virtud. em o Novic. de Coimb. Tom. 1. liv. 2. cap. 63. Varaõ cheyo de espirito apostolico, e de zelo incansavel Nicol. Ant. Bib. Hisp. Tom. 1. p. 474. col. 1. Innocentissimis moribus. singulari in Deum & proximos charitate Apostolicus per Lusitaniam Ecclesiastes. Fonceca Evor. Glor. p. 432. Varaõ illustre pelas suas virtudes, e introduçaõ do uzo da Santa Doutrina. Compoz

Pregaçaõ feita no dia da Collocaçaõ das Santas Reliquias em a Caza professa de S. Roque a 26 de Ianeiro de 1588. Sahio na Relaçaõ do solenne recebimento destas Reliquias. Lisboa por Antonio Ribeiro. 1588. 8. a fol. 97.

Litaniae Sacrosanctae Euchàristiae,et dulcissimi Nominis IESU, ac Spiritus Sancti Paracliti ex sacra scriptura collectae. Ulyssipone per Emanuelem de Lyra. 1592. 12 & Conimbricae per Nicolaum Carvalho 1620. 12.

Cartilha da Doutrina Christaã do M. Ignacio He hum additamento à Cartilha composta pelo P. Marcos Iorge da Companhia de Jesus, e foy a primeira que sahio. Constaõ as addiçoens. Ordens para passar o dia; como se hade ouvir Missa, confessar, comungar, e rezar o Rosario. Sahio impressa varias vezes em diversas partes. 12.

Sermoens para todo o Anno. 4. Tom. M. S. 4.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. II]

Frei Inácio de Santa Maria

Fr. IGNACIO DE SANTA MARIA natural de Villa nova de Portimaõ em o Reyno do Algarve. Professou o instituto Serafico em a Provincia de Portugal onde dictou aos seus domesticos as sciencias escholasticas até jubilar em a Sagrada Theologia. Pela sua prudencia foy Reformador da Custodia de S. Tiago da Ilha da Madeira, Vizitador da Provincia dos Algarves, Confessor das religiosas do Convento da Esperança de Lisboa Provincial da sua Provincia eleito a 23 de Ianeiro de 1723. Qualificador do S. Officio, e Examinador das Tres Ordens Militares. Falleceo na Villa de Santarem a 8 de Dezembro de 1724. quando voltava para Lisboa de fazer a primeira vizita de Provincial. Dos muitos Sermoens, que pregou, somente se fez publico o seguinte.

Problema moral Politico resolvido por huma, e outra parte em o Sermaõ de Acçaõ de graças pelo Capitulo Provincial da Provincia de Portugal que se celebrou em o Convento de S. Francisco de Santarem em 4 de Abril de 1699. Lisboa por Manoel Lopes Ferreira 1699. 4.

Delle faz breve memoria Fr. Fernando da Soled. Hist. Seraf. da Prov. de Portug. Part. 3. liv. 1 . cap.21.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. II]