GREGORIO DE PINA Ulyssiponense filho de Joaõ Moreira, e Magdalena de Payva. Quando contava desaseis annos de idade entrou em a Companhia de Jesus a 10 de Setembro de 1613. Onde depois de ser Mestre de Rhetorica no Collegio de Coimbra por justificados motivos a largou. Foy insigne Poeta Latino cujo elevado furor se admirou em Roma todas as vezes, que se publicava algumas das suas obras merecendo tal afecto do Pontifice Alexandre VII. celebre Corifeo do Parnasso, que o remunerou com hum Canonicato em a Cathedral de Evora de que tomou posse a 6 de Setembro de 1658. Na Academia dos Generosos instituida em Lisboa foy integerrimo Censor publicando entre muitos Versos, que se dedicaraõ ao nacimento do Infante D. Pedro no anno de 1648. que depois subio ao trono de Portugal com o nome de D. Pedro II. a seguinte obra.
Nupero Infanti Petro Emmanueli bene ominatur faemina Aegyptia ex Chiromantia, & Physiognomia. Ulyssipone apud Petrum Crasbeeck 1648. 4. Consta de 52. Versos.
Ad Alexandrum Pontif. Max. recens electum. Elogium, Anagrammata, & Elogia. Romae apud Ignatium de Lazzaris. 1655. 4.
Pompa Virginea Magnae Matri Lauretanae Nasaraeo in solio operá, & studio Nationis Picenae praevio protectore Emminetissimo Principe Cardinali Palloto. Romae apud eumd. Typog. 1655. 4. Começa.
Quae noua stat cursùs facies, quae machimo caelo Aemula ? caelestesque dulci guttura cantus Humanas mulcent aures &c.
Ecloga in obitu P. Francisci de Mendoça Lugduni. Saõ interlocutores Daphnis, Nemorosus, Amyntas. Sahio ao principio do Veridarium P. Francisci Mendocae Lugduni apud Laurentium Anisson 1649. fol. Começa.
Stellatus, quo Monda vagis Spatiatur arenis.
In obitum Illustrissimae D. D. Mariae de Attayde. Epitaphio, e hum Epigrama. Sahio nas Mem. Funebres dedicadas a esta Senhora. Lisboa na Officina Crasbeeckiana. 1650. 4. a fol. 78. v.º Falleceo em a Cidade de Evora a 4. de Julho de 1660.
[Bibliotheca Lusitana, vol. II]