* ANTONIO LADISLAU MONTEIRO BAENA, Cavalleiro da Ordem de S. Bento d’Avis, Tenente Coronel d’Artilheria no imperio do Brasil, antigo professor da Aula militar da provincia do Pará, Socio do Instituto Historico‑Geographico Brasileiro etc.-M. no Pará, victima da epidemia da febre amarella, a 28 de Março de 1850.-E.
953) Compendio das Eras da provincia do Pará. Pará, na Typ. de Sanctos & menor. 1838 (no fim do volume tem 1839) 4.º de VI‑650 pag.-Pode ler‑se na Revista Trimensal do Instituto tomo II pag. 235 a 251, o parecer da Commissão á qual foi incumbido o exame d’este livro. D’elle consta que a obra não é destituida de merito, e que o auctor merece louvor pelo seu trabalho e zero, apresentam‑se porêm reparos assás ponderosos no que respeita ao methodo seguido, e mais ainda no tocante ao estylo, que se qualifica de guindado, redundante e affectado; linguagem incorrecta e por vezes inçada de gallicismos, neologismos e vocabulos improprios, etc. etc.
954) Ensaio Corographico sobre a provincia do Pará. Pará, na Typ. de Santos & menor. 1839. 4.º de XVI‑588 pag.-Vej. o Juizo critico, e em parte comparativo d’esta obra com a Corographia Paraense de I. Accioli, interposto pelo sr. José Joaquim Machado de Oliveira, por deliberação do Instituto Historico, e depois impresso no Rio de Janeiro, 1843. 8.º gr. Conforme ao que ahi se diz, o auctor do Ensaio tracta imperfeita e deslocadamente da topographia-menos mal da hydrographia-magistralmente da agricultura-e acanhadamente do commercio e industria. Nem sempre é exacto e rigoroso na parte historica, e a sua phraseologia e linguagem são as mais das vezes inconvenientes, improprias, e desfeadas pelos neologismos e gallicismos em que tropeça com frequencia, etc.
Pelo exame que tenho feito em ambas as referidas obras, parece‑me que a critica dos censores não pode ser tachada de nimia severidade.
955) A sorte de Francisco Caldeira Castello Branco na sua fundação da capital do Grão‑Pará: Drama. Pará, 1850. 8.º gr.?
956) Proposições resumidas dos principios em que se estriba o direito das Sociedades Civis. Maranhão, 1848.
[Diccionario bibliographico portuguez, tomo 1]