ANTONIO FELIX MENDES, Professor da lingua latina, Academico da Academia Latina e Portugueza, etc. – N. no logar de Pernes, districto de Santarem, a 14 de Janeiro de 1706, e m. em Lisboa no anno de 1790. – E.

674) Grammatica Latina do Bacharel Domingos de Araujo, reformada, accrescentada, e reduzida a methodo mais facil com a clareza que basta para que em menos de um anno se aprenda por ella etc. Lisboa, por Manuel Fernandes da Costa 1737. 8.º – Ibi, por Pedro Ferreira 1749. 8.º – e depois repetidas vezes, até á ultima edição de que tenho noticia, a qual sahiu com o titulo Grammatica da Lingua Latina, reformada e accrescentada por Antonio Felix Mendes para uso das escolas d’este reino e conquistas. Novamente correcta e accrescentada n’esta edição. Lisboa, na Imp. de Alcobia 1815. 8.º de 101 pag. – Esta Grammatica foi mandada adoptar em todas as ditas escholas por decreto de 28 de Junho de 1759, para substituir os livros elementares que os jesuitas haviam introduzido no ensino da sobredita lingua.

675) Elogio á morte do Ill.mo e Veneravel D. Fr. Bartholomeu do Pilar primeiro Bispo do Grão‑Pará. Em 42 tercetos. Sahiu no fim do Elogio do mesmo Prelado, que escreveu Filippe José da Gama. Lisboa, 1734. 4.º.

Alem d’estas, que sahiram com o seu nome, attribuem‑se‑lhe as duas seguintes, que foram ambas publicadas com o de João Pedro do Valle.

676) Memorias para a Historia Litteraria de Portugal e seus dominios, divididas em varias Cartas. Lisboa, 1774. 8.º – Parece haver duas edições diversas, trazendo uma no rosto o nome do impressor Antonio Vicente da Silva, e outra não o tendo. Estas Cartas em numero de sete sahiram successivamente, tendo cada uma sua paginação separada. Pelas respectivas licenças se conhece terem sido impressas pelos annos de 1760 a 1762, posto que no frontispicio geral se lhes inculque a data de 1774. – Este titulo torna‑se illusorio aos que julgarem encontrar na obra o que elle lhes promette; pois que o auctor se limita pura e simplesmente a provar: 1.º que os Jesuitas não foram os restauradores da lingua latina em Portugal; 2.º os erros do seu methodo e ensino; 3.º a multidão de livros superfluos, ou indigestos de que faziam uso, etc. – Veja‑se a este respeito o que diz Francisco Freire de Carvalho no seu Ensaio sobre a Historia Litter. de Portugal a pag. 265, notando que elle não conheceu o verdadeiro auctor da obra citada.

677) Anti‑Machiavelismo, ou nova sciencia e arte, que contém etc. o Tolo por arte, e o Sabio por geito. Lisboa, na Off. de Antonio Vicente da Silva 1760. 8.º – Reimpresso…

 

[Diccionario bibliographico portuguez, tomo 1]