ANTONIO CRISPINIANO SAUNIER. Não abusarei da paciencia dos meus leitores, consumindo inutilmente duas ou mais paginas d’este Diccionario com a miuda enumeração de uma infinidade de pequenas producções ou, se é licito o termo, desconchavos litterarios, já em prosa arrevezada, já em versos mancos e estropeados, que este pobre homem (dominado algum tempo pela mania de julgar‑se emulo e competidor de Bocage) fez sahir dos prelos desde 1800, e talvez antes, até que faleceu pelos annos de 1825, ou 1826 se não me engana a memoria. Quem pretender d’elle mais alguma noticia pode consultar a Livraria Classica dos srs. Castilhos a pag. 164 e seg. do tomo XXIII. Veja‑se tambem o que a seu respeito digo nas minhas annotações ás Poesias de M. M. de B. du Bocage, edição de 1853, a pag. 414 do tomo III.

 

[Diccionario bibliographico portuguez, tomo 1]