P. FRANCISCO VIEYRA natural da Villa da Arruda do Patriarchado de Lisboa foy admitido em o Collegio de Coimbra à Companhia de JESUS a 15. De Janeiro de 1544. onde igualmente cultivou as letras, e as virtudes. Depois de ser Superior da Caza de Santo Antaõ em Lisboa dezejozo de pregar o Evangelho nas Regioens Orientaes partio com faculdade dos Superiores a 24. de Março de 1553. em a Náo Santa Cruz de que era Capitaõ Belchior de Souza Lobo em cuja navegaçaõ posto que impelido dos ventos arribasse a Lisboa, exercitou com os infermos todo o genero de charidade. Segunda vez tentou taõ prolongada jornada, e embarcado com o Vice-Rey D. Pedro Mascarenhas em a Náo Saõ Boaventura aportou felizmente a Goa a 23. de Setembro de 1554. Para exercicio do seu apostolico espirito passou com outros companheiros em o anno de 1557. às Ilhas Molucas onde agregou muitas almas ao conhecimento da verdadeira Divindade padecendo na cultura de vinha taõ agreste intoleraveis trabalhos sendo buscado por ElRey de Geilolo para o privar da vida até que recebeo o premio delles na eternidade gloriosa. Fazem mençaõ deste Varaõ Evangelico Telles. Chron. da Comp. De Jesus da Prov. de Portug. Part. 2. liv. 4. cap. 22. §. 7. e liv. 5. cap. 4. §. 1. e cap. 49. §. 2. Maffeo de Reb. Ind. lib. 16. Franc. Ann. glor. S. I. in Lusit. pag. 775.

Escreveo

Carta ao Geral escrita de Ternate a 18. de Fevereiro de 1558. Na qual refere o martyrio do Padre Affonso de Castro, conversaõ de hum Rey, e Christandade daquellas partes. Desta carta se fez hum extracto na Lingua Latina que sahio com outras. Lovanii apud Rutgerum Velpium 1569. 8. a pag. 225.

Carta escrita das Molucas aos Padres da Provincia de Portugal a 9. De Março de 1559. Consta de nove paginas.

Carta escrita das Molucas aos mesmos Padres a 29. de Ianeiro de 1568. Estas duas Cartas com outras duas se conservaõ no Archivo da Caza professa de S. Roque de Lisboa.

Relaçaõ do Martyrio do V. P. Ioaõ Bautista Machado. Conserva-se M. S. no Cartorio do Collegio de Coimbra como afirma o Padre Antonio Franco Imag. Da virtud. do Novic. de Lisboa. Liv. 2. cap. 24. §. 25.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. II]