ANTONIO AUGUSTO SOARES DE PASSOS, Bacharel em Direito pela Univ. de Coimbra, natural do Porto, onde exerce a profissão de Advogado. – N. a 17 de Novembro de 1826. – E.
438) Poesias. Porto, na Typ. de Sebastião José Pereira, 1856. 12.º gr. de 200 pag.
Lê‑se a respeito d’este escriptor na Revista Peninsular, tomo II pag. 281 o seguinte juizo critico:
«As suas Poesias publicadas em 1856 valeram‑lhe os maiores elogios. São bem merecidos. Entre os poetas do Minho é dos que mais se avantajam pela elevação do seu genio. Ha quem o prefira a Alexandre Braga. Não sei se na generalidade isso é possivel. No seu genero cada um é grande, e ambos são os primeiros. São dous talentos distinctos, vocações differentes, genios oppostos para dous diversos generos de poesia. – Na poesia d’alma, na paixão que Byron chamava verdadeira poesia, não vejo superior a A. Braga. – E tel‑o‑ha A. de Passos na d’imaginação, no genero heroico? Fé, enthusiasmo, e grandeza, eis a poesia de Soares de Passos: paixão, sentimento, e saudade, eis a de Alexandre Braga. A Ode a Camões de Soares de Passos é uma peça de poesia nada inferior á feita a Napoleão por A. Manzoni, o primeiro lyrico moderno. A. Passos é indubitavelmente um talento superior.»
[Diccionario bibliographico portuguez, tomo 1]