P. FRANCISCO DA COSTA naceo em Lisboa sendo seus Pays D. Joaõ da Costa Cõmendador em a Ordem de Aviz, e D. Antonia de Menezes sua segunda mulher filha de Antonio Correa, Senhor de Bellas, e Alcaide mòr de Villa-Franca de Xira, e D. Maria de Menezes. Ainda naõ contava desoito annos quando com resoluçaõ mayor que a idade desprezou a fortuna, que lhe prometia o seu illustre nacimento recebendo a Roupeta da Companhia de JESUS em o Collegio de Coimbra a 15. de Mayo de 1596. Onde com a doutrina de taõ insigne Mãy creceo igualmente na comprehensaõ das sciencias, como na observancia das virtudes. Pella universal aclamaçaõ dos Academicos de Evora foy laureado com as insignias Doutoraes na Faculdade Theologica a qual naõ sómente dictou nesta Universidade mas foy chamado a Roma para a mesma incumbencia, que abundantemente dezempenhou, como da sua profunda litteratura se esperava. Ao tempo que se restituhia a Portugal visitou em Marselha a sepultura da Magdalena onde foy superiormente avizado de que passados cinco annos havia de morrer. Todo este grande espaço de tempo se preparou com frequentes altos de obras virtuosas para alcançar o premio prometido aos Justos de que se fez participante em o Collegio de Coimbra a 15. de Janeiro de 1664. Vir doctissimus he intitulado por Joaõ Soar. de Brit. Theatr. Lusit. Litter. lit. F. n. 38. Vir ingenio, doctrina, virtuteque inter alios ejusdem Societatis non postremus por Hipolito Marracio Bib. Marin. Tom. 1. p. 396. Ingenio magnus facultates edocuit merito Magistri praeclari nomine. por Franco Ann. Glorios. S. J. in Lusit. pag. 25. Publicou
Sermaõ do Auto da Fé que se celebrou na Praça de Evora em 28. De Novembro primeiro Domingo do Advento de 1621. Lisboa por Pedro Craesbeeck. 1622. 4.
De Conceptione B. Virginis. Esta obra M. S. existia em poder de Bernardo do Toro Sevilhano como afirma Marracio Bib. Marian. pag. 396. e della faz mençaõ Fr. Pedro de Alva, y Astorg. in Milit. Concept.
[Bibliotheca Lusitana, vol. II]