FRANCISCO DE FARIA CORREA natural da Villa de Canavezes distante oito legoas para o Nacente da Cidade do Porto em a Provincia do Minho, Prior da Parochial Igreja de S. Miguel das Lauradas, e hum dos mais famosos Poetas do seu tempo, como o celebraõ Manoel de Gallegos, Antonio Figueira Duraõ, e Jacinto Cordeiro, canoros Cisnes do Parnaso. O primeiro no Templo da Memor. Liv. 4. Estanc. 188.

A numerosa, e grave melodia

Com que vibrando rayos de brandura

Doce rendeo Francisco de Faria

A toda rebelada formosura

Honre de Nuno o nome esclarecido,

E seja Marte o que dantes foy Cupido.

O segundo Laur. Parnas. Ram. 2. pag. 36

Franciscus de Faria alter Martialis

Cum Juno contra Jovem stomachatur

Eam hilari Jupiter lepòre

Mulcet, & ut facilius mulciatur

Videns blanditiarum sat’ fore

Repetit quos fert jocos plenos salis

Franciscus de Faria alter Martialis.

E mais abaixo.

Quem tamen ille Heros, quem circunstare lepòres

Argutos que sales, Plautina que verba, jocosque

Aspicio, ludos quo pertractante facetos

Impletur Charitum numerus? Nunc aspice carmen

Impositum titulo, quod carminis ampliat author.

O terceiro Elog. dos Poet. Lusit. Estanc. 67.

Antonio Soares entre canto vario

La Lyra toca con que assi se loa

Que le animò Francisco de Faria

Uno Sol de su Patria, el otro dia.

Compoz varias Comedias que se representaraõ com grande applauso, e outras muitas obras poeticas, assim heroicas como lyricas, que ficaraõ a seus herdeiros, e sómente se imprimiraõ na Fama Posthuma do Ven. P. Fr. Antonio da Conceiçaõ Trino huma Cançaõ, e hum Soneto. Lisboa por Henrique Valente de Oliveira. 1658. 4. a pag. 20 e 336. Dous Sonetos que saõ 48. e 50. em o Certame do Conde de Linhares.

Cançaõ à morte de D. Maria de Ataide a fol. 44. Sahio nas Mem. Funeb. desta Senhora. Lisboa na Officina Craesb. 1650. 4.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. II]