FRANCISCO CORREA DO AMARAL CASTELLO-BRANCO naceo na Villa de Alanquer do Patriarchado de Lisboa a 6. de Janeiro de 1683. sendo filho de Nicolào Correa Lopes, e Azambuja, e de Antonia de Almeida de Castello-Branco. Estudou Gramatica, e Filosofia, e depois a Arte de Cirurgia em que sahio taõ perito, que naõ sómente a exercitou com grande opiniaõ do seu nome em Portugal, mas em Castella quando marchou com o nosso exercito na guerra da sucessaõ de Espanha onde fez curas que admiraraõ os Cirurgiaens Estrangeiros, que assistiaõ com as nossas Tropas extendendo-se a sua sciencia atè a Arte da Medecina, que practicou com summa felicidade. Parecendo-lhe, que era limitado o serviço que fazia em obsequio da Patria com as operaçoens da Arte Chirurgica se offereceo aos Generaes para que naquellas horas que tivesse Vagas do exercicio de Cirurgiaõ as empregasse em ruina dos inimigos o que felizmente executou assim na Praça de Segura fronteira à Provincia da Beira, como em Tortoza no Principado de Catalunha. Compoz

Apologia, e decernida explicaçaõ do verdadeiro methodo em que se deve usar da agua ardente em toda a Cirurgia, sogeitos, partes, e tempo em que se deve aplicar dividida em questoens problematicas fundadas em os Canones da mesma Arte. Lisboa por Filippe de Souza Villela. 1718. 4.

Noticia de hum caso raro, e extraordinario succedido neste presente anno de 1733. em Villa-Franca de Xira dada com a copia de huma Carta do Licenciado Francisco Correa do Amaral Castello-Branco Cirurgiaõ da mesma Villa. Lisboa por Pedro Ferreira. 4.

Observaçaõ Apollinea Chirurgica de hum caso raro, e extraordinario escrita em estilo consultivo. Lisboa por Manoel Fernandes da Costa Impressor do Santo Officio 1738. 8.

Trictracta Chirurgico-Galenica com auspicios Espagiricos, ou Hermeticos dividida em tres Tratados. M. S.

Observaçoens Chirurgicas com hum Tratado da combinaçaõ da Quaterniaõ dos humores do corpo humano pella escola Galenica com os sucos da escola Espagirica. 4. M. S.

Epitome da combinaçaõ das opinioens de Galenicos, e Espagiricos em as causas da febre. 4. M. S.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. II]