MANOEL TELLES DA SYLVA, VI. Conde de Villar-Mayor, Neto de Manoel Telles da Sylva, do qual se fez a memoria precedente, e filho de Fernaõ Telles da Sylva V. Conde de Villar-Mayor, IV. Marquez de Alegrete, Comendador das Comendas, que possuhio seu Pay, Capitaõ de Cavallos dos Regimentos da guarniçaõ da Corte, e Gentil-homem da Camara delRey D. Jozé I., e Deputado da Junta dos Tres Estados, e de D. Maria de Menezes sua Prima com irmãa, e Tia, filha de Joaõ Gomes da Sylva, e D. Joanna de Menezes Condes de Tarouca, naceo a 23 de Fevereiro de 1727, em Lisboa para ser naõ sómente herdeiro da sua excellentissima Casa, mas dos dotes scientificos em que com continuada successaõ floreceraõ os seus Mayores. Casou a 12 de Agosto de 1744, com a Senhora Dona Francisca Mascarenhas sua Prima com irmã, filha de D. Manoel de Assis Mascarenhas, e D. Helena de Noronha III. Condes de Obidos, a qual morrendo a 20 de Janeiro de 1746, passou a segundas vodas desposando-se em 15 de Fevereiro de 1748, com a Senhora D. Eugenia Marianna Jozeja Joachina de Menezes e Sylva, filha primogenita dos Excellentissimos Condes de Tarouca, D. Estevaõ de Menezes, e D. Margarida de Lorena, hoje Marquezes de Penalva. He igualmente versado na liçaõ da Historia, como na intelligencia da Poetica, e das lingoas mais polidas. Sendo Academico do numero da Academia Real da Historia Portugueza instituio em sua casa hum congresso de pessoas eruditas intitulada dos Occultos, do qual elle he Secretario, onde se lem nas conferencias de cada mez discursos historicos, e Poezias elegantes. Do seu genio poetico publicou

Endechas, e Soneto á morte do Serenissimo Rey de Portugal D. Joaõ V. Sahiraõ na Colleçaõ das Obras dos Academicos Occultos a pag. 85. Lisboa por Manoel Vivas 1750. 4.

Dous Sonetos á Magestade de D. Jozé I. Sahio o 1. na Collec. 1. do culto funebre dedicado á morte delRey D. Joaõ V. a pag. 9. Lisboa por Francisco Luiz Ameno. 1750. 4. O 2. sahio impresso em folha sem anno, e lugar da Impressaõ, do qual he o assumpto. Nomear ElRey D. Jozé Gentis-homens da sua Camara.

Elogio Funebre do P. D. Jozé Barbosa Clerigo Regular, Chronista da Serenissma Casa de Bragança, Academico, e Censor da Academia Real da Historia Portugueza. Recitada na mesma Academia Real em 13 de Agosto de 1751. Lisboa, por Ignacio Rodrigues 1751. 4.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. III]