MATHEOS DA COSTA, celebre Poeta Latino, cuja Musa podia competir com os Corifeos desta divina Arte, que floreceraõ no tempo de Augusto, assim na magestade do estylo, como na elevaçaõ do enthusiasmo. As suas obras ocultou avarenta a posteridade. Delle como insigne cultor da Poetica o louvaõ Antonio Figueira Duraõ, e Manoel de Galhegos famosos alumnos do Parnaso, o primeiro in Laur. Parnas. Ram. 2.

Subtilis quandam fertur formasse Prometheus

Effigiem Luteam.

Utque aspirares vitam, frueretur ut almis Vivida spiritibus.

Subduxit furtim vitalem callidus ignem Aetheriis domibus.

Si tamen ò statua audires quod ab ore canorum

Fundit A Costa melos.

Vixisses: superus quanvis non adderet ignis

Ignipotentem animam.

O segundo no Templ. da Memor. liv. 4. Estant. 196.

Mas ò Tu que a Latina Musa invocas

(Douto Matheos da Costa) que puderas

Trazer tras ti cantando as firmas rocas

Se em cadeyas de espanto as naõ prenderas:

Celebra os vencedores Lusitanos

E vencerás Virgilios, e Claudianos.

 

[Bibliotheca Lusitana, vol. III]